Gémeas? “Acho que a ministra está a mentir com todos os dentes que tem”

O líder do CHEGA acusou hoje a ministra da justiça, Catarina Sarmento e Castro, de mentir na Assembleia da República sobre a atribuição da nacionalidade às gémeas luso-brasileiras tratadas em Portugal.

© Folha Nacional

“Eu não vou ser agradável, mas vou dizer exatamente aquilo que penso. Eu acho que a ministra está a mentir com todos os dentes que tem”, disse André Ventura aos jornalistas à chegada para uma reunião na Associação das Indústrias de Madeira e Mobiliário de Portugal (AIMMP), no Porto.

Em causa está a afirmação da ministra da Justiça, hoje no parlamento, de que a celeridade na atribuição da nacionalidade às gémeas luso-brasileiras se deveu ao facto de o processo já vir instruído do consulado no Brasil e das crianças terem progenitor português.

O caso das duas gémeas residentes no Brasil que adquiriram nacionalidade portuguesa e receberam em Portugal, em 2020, o medicamento Zolgensma, com um custo total de quatro milhões de euros, foi divulgado pela TVI, em novembro, e está a ser investigado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) e pela Inspeção-Geral das Atividades em Saúde (IGAS).

Uma auditoria interna do Hospital Santa Maria concluiu que a marcação de uma primeira consulta hospitalar pela Secretaria de Estado da Saúde foi a única exceção ao cumprimento das regras neste caso.

Segundo Ventura, a ministra mentiu porque sabe que houve uma terceira mão para que o processo andasse mais rápido do que os outros.

Nos últimos meses, acrescentou, vários advogados têm revelado conhecer dezenas de casos em situações idênticas que só ficam resolvidos no prazo de um ano a um ano e meio.

“Nós percebemos que houve aqui pressão política que o Governo não quer admitir e eu queria deixar a garantia de que nós não vamos desistir até que o parlamento em funções possa dar aos portugueses uma réstia de luz sobre este caso”, salientou.

Motivo pelo qual o CHEGA vai pedir para ouvir os funcionários e dirigentes que estiveram envolvidos no processo de obtenção de nacionalidade das crianças, adiantou.

Na opinião de André Ventura é do interesse de todos os partidos políticos que esta situação fique esclarecida antes da campanha eleitoral.

Últimas de Política Nacional

Afonso Camões apresentou esta terça-feira a demissão do cargo de mandatário distrital da candidatura de Henrique Gouveia e Melo, justificando a decisão com a necessidade de evitar “embaraços” ao ex-chefe da Marinha na corrida a Belém.
Portugal arrecadou 5,9 mil milhões de euros em impostos ambientais em 2024, alcançando o valor mais elevado de sempre e um crescimento de 4,2% face a 2023.
A sondagem ICS/ISCTE mostra Ventura a liderar nos atributos “líder forte” (22%) e “preocupação com as pessoas” (19%), superando os restantes candidatos.
Todos os autarcas do PSD que integraram o executivo da Junta de Freguesia de Fátima no mandato de 2017-2021 foram constituídos arguidos no âmbito do processo relativo às obras da Casa Mortuária de Fátima, estando acusados do crime de peculato.
O partido CHEGA alertou para os "graves prejuízos" causados pelo vírus da língua azul nas explorações de ovinos no Alentejo e questionou o Governo sobre medidas para travar a doença e apoios aos criadores.
Ribeiro e Castro, antigo líder do CDS e presidente da Sociedade Histórica da Independência de Portugal, criticou duramente o Governo, afirmando sentir “embaraço” por ter votado AD.
As subvenções vitalícias atribuídas a antigos responsáveis políticos e ex-juízes do Tribunal Constitucional deverão representar um encargo de 10,57 milhões de euros em 2026, valor que traduz uma subida próxima de 19% face aos 8,9 milhões orçamentados para 2025. Trata-se da despesa mais elevada desde 2019.
André Ventura reafirmou que pretende usar a Presidência da República como ponto de partida para uma mudança profunda no país. Em entrevista com Pedro Santana Lopes, no programa Perceções e Realidades do NOW, o candidato presidencial apoiado pelo CHEGA afirmou já estar habituado a enfrentar “todos contra nós”.
O presidente da Assembleia da República, José Pedro Aguiar-Branco, disse hoje, depois de visitar Marcelo Rebelo de Sousa no Hospital de São João, no Porto, onde o chefe de Estado foi operado, que não o vai substituir no cargo.
O Ministério Público questionou a alegada deslocação do antigo primeiro-ministro José Sócrates aos Emirados Árabes Unidos, admitindo que a viagem, a ter acontecido, poderá fazer parte de um plano de fuga e que as medidas de coação podem mudar.