Novo Banco e CGD recebem 1.000 milhões de euros em créditos fiscais por impostos diferidos

A Autoridade Tributária reembolsou créditos fiscais no valor de 620 milhões de euros no Novo Banco e 421 milhões de euros na Caixa Geral de Depósitos (CGD) relativos a ativos por impostos diferidos, segundo um relatório referente a 2022.

© Folha Nacional

 

Segundo o documento enviado em 11 de março pela Autoridade Tributária ao Secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, disponível no ‘site’ do parlamento, até 2022 sete bancos tinham pedido a transformação de ativos por impostos diferidos em créditos tributários.

O valor pedido ascendia a 1.425 milhões de euros, tendo o Estado reembolsado a seis bancos 1.062 milhões de euros. Havia ainda créditos pendentes de análise no fim de 2022.

O banco que mais beneficiou deste regime foi o Novo Banco com 620 milhões de euros reembolsados, seguido da Caixa Geral de Depósitos que recebeu 421 milhoes de euros. O Haitong recebeu 20 milhões de euros.

Já o Efisa recebeu 860 mil euros, o Banif 562 mil euros e o Bison Bank 49 mil euros.

Em 2014 foi criado pelo Governo PSD/CDS-PP um regime que deu aos bancos a garantia de que os ativos por impostos diferidos acumulados (por imparidades de crédito ou emprego) poderiam ser convertidos em créditos sobre o fisco (deduzindo nos impostos a pagar sobre os lucros) ou poderia ser pedida a sua devolução no futuro.

Esse regime terminou em 2016 já com o Governo PS, depois de a Comissão Europeia considerar que podia ser uma ajuda de Estado à banca (a garantia de Estado sobre esses ativos faz com que sejam usados pelos bancos para calcular os rácios de capital), mas os ativos acumulados até 31 de dezembro de 2015 podem continuar a ser usados.

Os créditos fiscais são criados pela diferença entre os custos contabilísticos assumidos pelos bancos – nomeadamente por provisões (para perdas potenciais) para créditos em incumprimento – e o reconhecimento para efeitos fiscais. Como o fisco aceita menos deduções fiscais do que as contabilizadas por provisões criam-se ativos por impostos diferidos.

Últimas de Economia

O número total de compras realizadas entre 01 e 24 de dezembro aumentou 8% face a 2024, tendo as compras no comércio ‘online’ crescido 19%, segundo dados da SIBS Analytics divulgados hoje.
A taxa de inflação no conjunto de 2025 terá sido de 2,3%, segundo a estimativa rápida do INE divulgada hoje, após em 2024 terá sido de 2,4%.
A TAP chega ao final de 2025, dados previstos para concluir o plano de reestruturação acordado com Bruxelas, com grande parte das medidas realizadas, mas com compromissos ainda por cumprir, abrindo a porta a um eventual alargamento do calendário.
O esclarecimento surge depois de esta manhã o Ministério do Trabalho ter indicado que os aumentos das pensões para o próximo ano só seriam pagos a partir de fevereiro "e com retroativos a janeiro".
A Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública – IGCP recomprou 900 milhões de euros de dívida pública, num nível de “excesso de liquidez da tesouraria do Estado”, segundo foi hoje anunciado.
O valor do indexante dos apoios sociais (IAS) para o ano de 2026 é de 537,13 euros, de acordo com uma portaria publicada hoje em Diário da República.
O número de trabalhadores em ‘lay-off’ aumentou 19,2% em novembro, em termos homólogos, e aumentou 37,3% face a outubro, para 7.510, atingindo o número mais elevado desde janeiro, segundo dados da Segurança Social.
A Autoridade da Concorrência (AdC) vai intensificar em 2026 o combate a cartéis, com especial enfoque na contratação pública, segundo as prioridades de política de concorrência hoje divulgadas.
O valor médio da construção por metro quadrado que é tido em conta no cálculo do IMI vai subir 38 euros em 2026, passando dos actuais 532 euros para 570, segundo uma portaria hoje publicada em Diário da República.
O Presidente da República prometeu hoje o fim da taxa sobre empresas produtoras de energia elétrica e disse que espera que “garanta mesmo tratamento mais favorável para os contribuintes”.