Pedro Nuno Santos, Galamba e Pedro Marques vão ser ouvidos na AR sobre privatização da ANA

O requerimento do PSD para ouvir no parlamento os ex-ministros socialistas Pedro Marques, Pedro Nuno Santos e João Galamba sobre a privatização da ANA Aeroportos foi hoje aprovado na Comissão de Economia.

© Folha Nacional

 

O requerimento entregue pelo PSD na sequência da aprovação do pedido do grupo parlamentar do PCP para ouvir ex-governantes do PSD foi aprovado por unanimidade na Comissão de Economia, Obras Públicas e Habitação.

Além dos ex-ministros das Infraestruturas socialistas Pedro Marques, Pedro Nuno Santos e João Galamba, o PSD pediu também para ser ouvido o presidente do Tribunal de Contas, José Tavares, o juiz conselheiro relator do relatório de auditoria sobre a privatização da ANA, José Manuel Quelhas, e a juíza Maria José Brochado.

Serão ainda ouvidos os ex-presidentes do Conselho de Administração da Parpública, Joaquim Pais Jorge e Pedro Ferreira Pinto.

O grupo parlamentar do PSD considera estas audições “fundamentais para esclarecer os factos, as responsabilidades políticas e as dúvidas que possam subsistir sobre a privatização da ANA Aeroportos”.

Na semana passada, o requerimento do PCP para ouvir no parlamento o antigo primeiro-ministro Passos Coelho, membros do seu governo responsáveis na privatização da ANA, os presidentes da empresa e os representantes dos trabalhadores foi aprovado integralmente na Comissão de Economia.

Desta forma, serão chamados ao parlamento o antigo primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, o antigo ministro das Finanças Victor Gaspar, a antiga secretária de Estado do Tesouro Maria Luís Albuquerque, o antigo secretário de Estado das Infraestruturas Sérgio Monteiro, o presidente do Conselho de Administração da ANA, José Luís Arnaut, o presidente executivo da empresa, Thierry Ligonnière, e as organizações representativas dos trabalhadores da gestora aeroportuária.

Antes, o grupo parlamentar do PCP tinha também apresentado uma proposta para criação de uma Comissão Eventual de Inquérito Parlamentar, “tendo por objeto apurar as responsabilidades políticas e administrativas dos Governos e dos Conselhos de Administração da ANA Aeroportos que envolveram a privatização da empresa e as suas implicações para o Estado e a gestão da rede aeroportuária nacional”, mas foi rejeitada com os votos contra do PSD, PS e CDS e a abstenção do CHEGA.

“O Tribunal de Contas demonstrou que a venda da empresa se realizou por muito menos do que o valor anunciado, demonstrou a promiscuidade entre a gestão da administração pública e privada, tanto na fase da privatização como na fase da gestão privada. Demonstrou ainda o Tribunal que a avaliação prévia, que era legalmente exigida, não foi realizada, e que, além do mais, foram oferecidos à Vinci os dividendos de 2012 (71,4 milhões de euros), quando nesse ano a empresa era pública”, referem os comunistas no requerimento.

A venda de 100% do capital da ANA Aeroportos à Vinci foi concluída em 2013 pelo governo PSD/CDS-PP liderado por Pedro Passos Coelho, numa altura em que o país estava a ser alvo de um programa de assistência financeira negociado entre a ‘troika’ e o executivo.

Últimas de Política Nacional

A sociedade de advogados Sérvulo & Associados, onde o ex-ministro social-democrata Rui Medeiros é uma das figuras mais proeminentes, está a atravessar um período de forte crescimento no volume de contratos públicos, especialmente desde a chegada de Luís Montenegro ao Governo.
José Sócrates, antigo primeiro-ministro socialista e arguido na Operação Marquês, enviou às redações os bilhetes de duas viagens que realizou recentemente aos Emirados Árabes Unidos, numa tentativa de demonstrar ao tribunal que não ultrapassou o limite de cinco dias consecutivos de permanência no estrangeiro, condição que o obrigaria a comunicar previamente qualquer deslocação ao Ministério Público.
A escolha de Luís Marques Mendes para mandatário da Cultura, Diversidade e Inclusão está a gerar críticas. Dino d’Santiago, o músico que o candidato considera “a pessoa magnífica e mais indicada” para o cargo, volta a estar no centro da polémica. Desta vez não apenas pelas declarações em que defendeu a substituição do hino nacional, mas também pelo historial de financiamentos públicos que envolveram 1,6 milhões de euros.
A deputada socialista Eva Cruzeiro teve a sua assinatura adulterada na reunião da Comissão de Assuntos Constitucionais, surgindo no livro de presença o nome “Evita Perón” no espaço que está destinado à sua assinatura.
O CHEGA voltou a apontar baterias ao Governo, acusando o executivo de ter agravado o Imposto sobre Produtos Petrolíferos (ISP) logo após a aprovação do Orçamento do Estado.
Joaquim Pinto Moreira, antigo presidente da Câmara de Espinho e ex-deputado do PSD, decidiu avançar com um processo de difamação contra André Ventura depois do candidato presidencial apoiado pelo CHEGA ter afirmado publicamente que o ex-autarca “enriqueceu à custa do dinheiro público”.
O candidato a Presidente da República André Ventura defendeu a necessidade de "escrutínio e fiscalização" para não se repetir o "despotismo, corrupção e cunhas" protagonizado "pelos governos socialistas", ao comentar as escutas do caso Influencer.
A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) ao INEM deverá realizar 115 audições, prevendo iniciar as reuniões nos dias 17 e 18 de dezembro, anunciou hoje a presidente da comissão, Marta Silva.
A discussão e votação na especialidade dos projetos de PSD, PS, CHEGA, IL, CDS-PP e PAN para regulamentar a atividade de lóbi foi hoje reagendada para a manhã da próxima sexta-feira.
O Parlamento aprovou hoje, na especialidade, um diploma de combate à lavagem de dinheiro através de criptoativos, para prevenir atividades ilícitas neste setor a partir de 01 de julho de 2026.