Mais de metade dos eleitores votou em mobilidade nas Europeias

Mais de metade dos eleitores que votaram nas eleições europeias optou fazê-lo fora da sua mesa de voto habitual, de acordo com dados provisórios avançados hoje à Lusa pelo Ministério da Administração Interna (MAI).

“Na eleição para o Parlamento Europeu do passado domingo registaram-se 3.948.530 votantes (36,6% dos recenseados), tendo 2.220.917 (56,2% dos votantes) optado pelo exercício do voto na modalidade em mobilidade e 1.727.613 optado por votar na sua mesa de recenseamento”, refere o MAI, em resposta à Lusa.

Os valores incluem os votos antecipados em mobilidade e todos os eleitores que não exerceram o seu direito na mesa onde se encontravam recenseados, adiantou a mesma fonte.

Os números avançados são ainda provisórios e estão a ser atualizados com base na votação no estrangeiro, faltando ainda alguns consulados por apurar.

Pela primeira vez, e por a eleição europeia ser de círculo único, foi possível votar em qualquer mesa de voto no país ou no estrangeiro, bastando apresentar o documento de identificação civil. A operação exigiu a desmaterialização dos cadernos eleitorais.

O MAI não dispõe ainda dos dados da votação em mobilidade por distribuição geográfica e remeteu para o que está previsto na lei que criou este regime excecional, ou seja, será a Comissão Nacional de Eleições (CNE) a fazer o relatório sobre o voto em mobilidade, no prazo de três meses.

A mesma lei prevê que a secretaria-geral do MAI contratará uma auditoria para avaliar a robustez, segurança e fiabilidade do sistema de cadernos eleitorais desmaterializados e remeterá ao Governo, ao parlamento e à CNE os resultados, no prazo de seis meses após a eleição.

As eleições para o Parlamento Europeu realizaram-se no domingo, dia 10 de junho, para eleger 21 deputados portugueses.

Estavam recenseados 10,8 milhões de eleitores e a taxa de abstenção registada no domingo foi de 63%, ainda segundo os dados provisórios.

Últimas do País

Um foco de gripe aviária foi detetado numa exploração de galinhas reprodutoras no concelho de Torres Vedras, no distrito de Lisboa, anunciou hoje a Direção-Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV).
A GNR e a PSP registaram, nos primeiros nove meses deste ano, 25.327 ocorrências de violência doméstica, o valor mais elevado dos últimos sete anos, à data de 30 de setembro, segundo dados da CIG.
A Inspeção-Geral de Atividades em Saúde está a investigar o eventual conflito de interesses nos contratos celebrados entre a Unidade Local de Saúde de Braga e a empresa privada alegadamente pertencente ao seu ex-diretor de Oftalmologia, foi esta quarta-feira anunciado.
Duas pessoas foram hoje resgatadas da Cova do Ladrão, no parque florestal de Monsanto, em Lisboa, durante um simulacro de sismo que serviu para testar a capacidade de reação das forças de segurança, num exercício coordenado pelo exército.
Mais de 2.300 novos médicos começaram a escolher as vagas para a formação numa especialidade, mas o Sindicato Independente dos Médicos (SIM) teme que nem todos os lugares disponibilizados para o internato venham a ser ocupados.
Os incêndios florestais de 2024 e 2025 revelaram “falhas de coordenação” entre as diferentes forças no terreno que provocaram atrasos no tempo de resposta aos fogos, aumentando a sua propagação, revela um relatório da OCDE.
A Polícia Judiciária (PJ) participou numa operação promovida pela Europol para identificar organizações criminosas que exploravam, ilegalmente, canais televisivos, tendo sido possível rastrear 55 milhões de dólares em criptoativos.
Uma endocrinologista foi hoje detida no Porto pela Polícia Judiciária (PJ) por alegado envolvimento num esquema fraudulento de prescrição de medicação para diabetes a utentes que queriam perder peso, lesando o Estado em mais de três milhões de euros.
Três alunos ficaram hoje feridos pelo rebentamento de petardos na Escola Básica e Secundária Josefa de Óbidos, em Lisboa, que terão sido lançados por outros dois estudantes daquele estabelecimento de ensino, informou a PSP.
Uma em cada três mulheres foi violência íntima ou sexual ao longo da vida, avançou hoje a Organização Mundial da Saúde, sublinhando tratar-se de uma das crises de direitos humanos mais negligenciadas do mundo.