Chumbada resolução para impedir uso de portos nacionais para transportar armas israelitas

O parlamento chumbou hoje um projeto de resolução do Livre que recomendava ao Governo que impedisse o uso de portos portugueses por navios que transportem armas para Israel com votos contra do PSD, CDS, IL e CHEGA.

© D.R.

A recomendação do Livre contou apenas os com votos favoráveis das bancadas do BE, PCP, Livre, da deputada única do PAN e do deputado socialista Paulo Pisco, sendo que a bancada do PS se absteve.

O Livre propunha ao Governo que implementasse uma política de “interdição do atracamento de navios que transportem armas para Israel em todos os portos nacionais” através de um “mecanismo rigoroso de monitorização e verificação” que garantissem que os portos portugueses não serviriam de ponto de passagem ou abastecimento.

A resolução apelava também ao executivo que se coordenasse com os parceiros europeus e internacionais “para garantir que esta medida seja parte de uma estratégia mais ampla de promoção da paz e da segurança internacional”.

“As diretrizes da UE e da ONU relativas à exportação de armas e materiais de guerra, enfatizam a necessidade de controlo rigoroso para evitar a escalada de conflitos e o abuso dos Direitos Humanos. (…) Portugal deve assegurar que o país não serve de plataforma para transporte de armamento para Israel a usar para prolongar estes ataques indiscriminados”, pode ler-se na exposição de motivos apresentada pelo Livre.

O Livre pedia que fossem encetados pelo Governo “esforços diplomáticos bilaterais e internacionais de promoção de um acordo de paz na região, incentivando uma solução pacífica e duradoura, baseada no respeito mútuo e na conformidade com o direito internacional” e que este impedimento de acesso aos portos nacionais fosse informado à comunidade internacional “demonstrando o compromisso de Portugal com a paz, a segurança e os direitos humanos”.

O grupo parlamentar do Livre lembrou também o anúncio do Governo espanhol de que “não iria permitir que barcos com carregamentos de material bélico e com destino a Israel pudessem aportar nos portos espanhóis”.

Últimas de Política Nacional

O Ministério Público questionou a alegada deslocação do antigo primeiro-ministro José Sócrates aos Emirados Árabes Unidos, admitindo que a viagem, a ter acontecido, poderá fazer parte de um plano de fuga e que as medidas de coação podem mudar.
Mamadou Ba, dirigente do SOS Racismo e antigo assessor do Bloco de Esquerda, voltou a proferir declarações insultuosas a André Ventura, em reação ao debate televisivo entre Catarina Martins e o candidato presidencial apoiado pelo CHEGA.
A campanha presidencial de Gouveia e Melo volta a cruzar-se com figuras próximas de José Sócrates. Depois de ter manifestado desconforto com o apoio público do antigo primeiro-ministro, novas ligações entre a candidatura e o ex-líder socialista tornam-se agora mais evidentes.
O presidente do Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC), Ricardo Penarroias, considera "exacerbada" e "doentia" a vontade do Governo em privatizar a TAP, questionando como pode ser Miguel Pinto Luz a liderar o processo.
O candidato presidencial André Ventura admite que não passar a uma segunda volta das eleições de janeiro será uma derrota e que, se lá chegar, será uma batalha difícil, porque estarão “todos contra” si.
O candidato presidencial, e líder do CHEGA, André Ventura escolhe o antigo Presidente da República Ramalho Eanes e a primeira-ministra italiana Giorgia Meloni como exemplos de liderança.
Um Presidente da República tem de fazer tudo para evitar o envio de jovens militares portugueses para a guerra na Ucrânia, disse hoje o candidato presidencial André Ventura, vincando que a Rússia tem de ser derrotada.
A Câmara de Vila Nova de Gaia revelou hoje ter determinado uma auditoria ao projeto Skyline/Centro Cultural e de Congressos, que levou a tribunal o ex-vice-presidente socialista Patrocínio Azevedo, juntamente com mais 15 arguidos, por suspeitas de corrupção.
O Ministério Público (MP) abriu um inquérito após denúncias de alegadas falsas assinaturas na lista de propositura da candidatura autárquica independente em Boticas, que foi rejeitada pelo tribunal e não foi a eleições.
O Ministério Público acaba de colocar um deputado socialista no centro de mais uma tempestade judicial: Rui Santos, ex-presidente da Câmara de Vila Real e atual deputado do PS, foi formalmente acusado de prevaricação e abuso de poder por alegadamente transformar a empresa municipal Vila Real Social numa peça de xadrez político ao serviço das suas ambições pessoais e partidárias.