Arábia Saudita recomenda saída do Líbano face a possível guerra

A Embaixada da Arábia Saudita no Líbano instou os seus cidadãos a abandonarem o país imediatamente face ao risco de uma "guerra total" entre o movimento xiita Hezbollah e o exército de Israel.

© Facebook Israel Reports

 

De acordo com a agência de notícias estatal saudita SPA, no sábado a embaixada apelou ainda a todos os nacionais da Arábia Saudita para se absterem de viajar para o Líbano devido aos confrontos na fronteira sul com Israel.

Riade garantiu que está a acompanhar de perto a evolução dos acontecimentos no Líbano e instou os cidadãos no país a permanecerem em contacto com a embaixada saudita em Beirute em caso de qualquer situação de emergência.

O anúncio surge depois de, nos últimos dias, vários países – incluindo os Estados Unidos – terem aconselhado os seus cidadãos a não viajarem para o Líbano por receio de uma escalada militar.

Horas antes, o Irão prometeu retaliar contra Israel, caso o país avance com uma ofensiva de “grande escala” contra o Hezbollah no Líbano.

Numa publicação na rede social X (antigo Twitter), a missão iraniana com a Organização das Nações Unidas (ONU) em Nova Iorque disse que, se Israel “embarcar numa agressão militar de grande escala” no Líbano, seguir-se-á “uma guerra aniquiladora”.

Assim, avisou que todas as opções estão agora em cima da mesa, incluindo o envolvimento de todos os membros do eixo de resistência, que inclui o Irão e os seus aliados.

Após o ataque lançado, em 07 de outubro, pelo Hamas contra Israel, o Hezbollah abriu uma frente no norte de Israel, em apoio ao movimento palestiniano.

Deste então, registaram-se combates, quase diários, nas zonas fronteiriças.

Na quarta-feira, o ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, disse que Israel não quer uma guerra com o Hezbollah no Líbano, mas vincou que o país tem “capacidade de devolver o Líbano à idade da pedra” em caso de conflito.

Últimas do Mundo

Cada vez mais portugueses procuram a Arábia Saudita, onde a comunidade ainda é pequena, mas que está a crescer cerca de 25% todos os anos, disse à Lusa o embaixador português em Riade.
O Papa rezou hoje no local onde ocorreu a explosão no porto de Beirute em 2020, que se tornou um símbolo da disfunção e da impunidade no Líbano, no último dia da sua primeira viagem ao estrangeiro.
Pelo menos 30 pessoas foram sequestradas em três ataques por homens armados durante o fim de semana no norte da Nigéria, aumentando para mais de 400 os nigerianos sequestrados em quinze dias, foi hoje anunciado.
Pelo menos quatro pessoas morreram baleadas em Stockton, no estado da Califórnia, no oeste dos Estados Unidos, anunciou a polícia, que deu conta ainda de dez feridos.
O estudante que lançou uma petição a exigir responsabilização política, após o incêndio que matou 128 pessoas em Hong Kong, foi detido por suspeita de "incitação à sedição", noticiou hoje a imprensa local.
O alto comissário das Nações Unidas (ONU) para os Direitos Humanos, Volker Türk, denunciou hoje que “pelo menos 18 pessoas” foram detidas no golpe de Estado de quarta-feira na Guiné-Bissau e pediu que se respeitem os direitos humanos.
O Tribunal Penal Internacional (TPI), confirmou, na sexta-feira, que continua a investigar crimes contra a humanidade na Venezuela, depois de em setembro o procurador-chefe Karim Khan se ter afastado por alegado conflito de interesses.
Um "ataque terrorista" russo com drones na capital da Ucrânia causou hoje pelo menos um morto e sete feridos, além de danos materiais significativos, anunciaram as autoridades de Kiev.
O Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) denunciou hoje que um grupo de homens armados e encapuçados invadiu a sua sede, em Bissau, agredindo dirigentes e colaboradores presentes no local.
A agência de combate à corrupção de Hong Kong divulgou hoje a detenção de oito pessoas ligadas às obras de renovação do complexo residencial que ficou destruído esta semana por um incêndio que provocou pelo menos 128 mortos.