CHEGA quer prioridade nas creches aos pais que trabalham. Parlamento chumba

O partido CHEGA apresentou, na quarta-feira, dia 25 de setembro, um Projeto de Resolução que recomendava ao Governo a alteração das regras de inscrição nas creches aderentes ao programa “Creche Feliz”, de forma a dar prioridade às crianças cujos pais sejam trabalhadores.

© Parlamento

Apesar de existir um programa do Estado que pretende garantir o acesso universal e gratuito às creches, há estudos que comprovam que uma grande percentagem de crianças não tem acesso a creche.

O partido CHEGA afirma que este problema está relacionado com o facto de que os pais que trabalham acabam por ser discriminados em relação aos outros, sendo que alguns são forçados a deixar os seus empregos por não terem outras soluções para cuidar dos filhos.

“Chega de um país em que quem trabalha não tem direitos nenhuns”, afirma André Ventura.

Nos Açores, o partido CHEGA já tinha apresentado esta medida que, apesar de um debate aceso, foi aprovada, o que não aconteceu na Assembleia da República.

A proposta foi votada na sexta-feira, dia 27 de setembro, e todos os partidos se uniram contra o CHEGA, votando contra a proposta.

Os partidos de esquerda teceram várias críticas à proposta em questão, afirmando que as crianças “passariam a ser discriminadas legalmente em função da condição laboral dos pais”, segundo o deputado do BE, José Soeiro.

Para o CHEGA, essa discriminação já existe, contudo de forma negativa, discriminando os pais que trabalham. Recentemente o Folha Nacional recebeu um denuncia anónima de um casal, em que ambos trabalham, que pediu apoio à segurança social pois não tinha onde colocar a sua filha e que esse apoio lhes foi recusado com a justificação de que “as vagas existentes são para os imigrantes”. Incrédulos com esta resposta os pais questionaram a funcionaria da segurança social que ainda lhes respondeu que “o melhor era a mãe ficar em casa a tomar conta da criança ou então que contratassem uma ama”.

No passado, André Ventura também já tinha referido que “quem trabalha está a sentir que é ultrapassado por todos os outros no acesso dos seus filhos à creche”, concluindo que este era “um sistema absolutamente pervertido em que a alguns compensava despedirem-se para que os filhos pudessem ter acesso à creche”.
A deputada Felicidade Vital, durante um plenário, afirmou que “neste país é preciso ter coragem para ter filhos”.

Últimas de Política Nacional

O presidente da Assembleia da República decidiu hoje não remeter ao Ministério Público o caso da adulteração da assinatura da deputada socialista Eva Cruzeiro, considerando não atingir o patamar de crime, embora se trate de ato censurável.
André Ventura defende hoje em tribunal que os cartazes que visam os ciganos são uma mensagem política legítima cujas exceções ou retirada representaria um “precedente gravíssimo” e que os autores da ação pretendem um “julgamento político” da sua atividade.
O candidato presidencial André Ventura afirmou que Luís Marques Mendes está “condicionado”, considerando que as verbas recebidas pelos concorrentes a Belém como consultores não são uma questão menor.
A averiguação preventiva à Spinumviva, empresa da família do primeiro-ministro Luís Montenegro, foi arquivada na terça-feira, anunciou hoje a Procuradoria-Geral da República (PGR).
A Polícia Judiciária entrou esta terça-feira na Câmara de Mirandela e em empresas privadas para investigar alegadas ilegalidades em contratos urbanísticos. O processo envolve crimes de prevaricação e participação económica em negócio, com seis arguidos já constituídos.
André Ventura deixou claro que não está disposto a ceder no que entende serem valores essenciais, assegurando que não prescinde do seu direito à liberdade de expressão nem aceita qualquer imposição que limite a sua voz política.
O presidente da Assembleia da República decidiu hoje solicitar à Comissão de Transparência a abertura de um inquérito por "eventuais irregularidades graves praticadas" pela deputada do BE Mariana Mortágua por um gesto dirigido a Paulo Núncio.
André Ventura enfrenta hoje a Justiça por causa de cartazes de campanha que defenderam que 'Os ciganos têm de cumprir a lei'. O líder do CHEGA responde em tribunal num processo que volta a colocar frente a frente liberdade de expressão, discurso político e os limites da lei.
Enquanto a Polícia Judiciária o detinha por suspeitas de centenas de crimes de pornografia de menores e abusos sexuais de crianças, o nome de Paulo Abreu dos Santos constava, não num processo disciplinar, mas num louvor publicado no Diário da República, assinado pela então ministra da Justiça, Catarina Sarmento e Castro.
O líder do CHEGA e candidato presidencial, André Ventura, disse esperar que o Tribunal Constitucional perceba que o “povo quer mudança” e valide a lei da nacionalidade, alegando que é baseada num “consenso nacional”.