De acordo com a análise, Portugal permanece como um dos países mais desiguais da União Europeia (UE). “Em 2022, era o quarto com mais desigualdades e tinha, em 2024, um quinto da população, em situação de pobreza ou exclusão social”, cita a SIC Notícias.
Por faixas etárias, os idosos são os mais atingidos com um agravamento de 5% entre 2022 e 2023, situando-se agora acima dos 21%. Do outro lado da balança, estão os jovens e as crianças com a incidência da pobreza a cair para 17,8%, o valor mais baixo desde 2003.
No cenário geral, os indicadores de privação material e social mostram uma evolução positiva, contudo, “a existência de dificuldade no pagamento de contas regulares subiu, um facto a que não será alheio o agravamento dos preços, em particular os da habitação”, refere o estudo da Fundação Francisco Manuel dos Santos.
Em paralelo, o estudo faz ainda sobressair as elevadas taxas de pobreza das famílias monoparentais e das famílias com três e mais crianças e a persistência de 9% de trabalhadores em situação de pobreza que “revela disfunções no funcionamento do mercado de trabalho resultantes de baixos salários e de contratos precários”.
O estudo conclui, também, que se não houvesse prestações sociais por parte do Estado, a pobreza em Portugal seria superior a 40%, atingindo quase metade da população. A análise inclui um retrato da evolução da pobreza nos últimos 30 anos e revela um agravamento da taxa de pobreza dos idosos.