Presidente interino da Síria defende que Estado deve tomar posse de todas as armas

O presidente interino da Síria, Ahmad al-Chareh, disse hoje que as armas utilizadas durante a guerra civil devem ser detidas pelo Estado rejeitando a formação de fações e apelando à unidade.

© Facebook de Tchad indépendant

“A unidade e o monopólio das armas nas mãos do Estado não são um luxo, mas um dever e uma obrigação. A Síria não aceita a divisão, é um todo integrado e a força reside na unidade”, declarou na abertura da conferência de diálogo nacional em Damasco.

As declarações de Ahmad al-Chared ocorreram hoje, durante a sessão de abertura da conferência de diálogo nacional, que pretende criar uma comissão para trabalhar na justiça de transição com o objetivo de “restaurar os direitos” dos sírios.

Al-Chared é atualmente o chefe de Estado interino da Síria, após o derrube do regime de Bashar al-Assad, em dezembro do ano passado.

“Há dois meses que estamos a trabalhar para processar os autores de crimes contra os sírios e vamos trabalhar para formar uma comissão para a justiça de transição que vai restaurar os direitos das pessoas e, se Deus quiser, fazer justiça e levar os criminosos à justiça”, disse o Presidente interino.

Entretanto, a União Europeia anunciou a suspensão das sanções contra a Síria que visa os setores económicos fundamentais, uma decisão saudada pelo chefe interino da diplomacia síria.

Os ministros dos Negócios Estrangeiros da União Europeia, reunidos em Bruxelas na segunda-feira, decidiram formalmente a suspensão, que diz respeito aos setores bancário, energético e dos transportes.

A União Europeia pretende contribuir para a reconstrução do país devastado pela guerra e estabelecer relações com os seus novos dirigentes, que apelam regularmente ao levantamento das sanções.

Estas medidas foram impostas ao governo de Bashar al-Assad durante a guerra civil que eclodiu em 2011.

No entanto, as medidas podem voltar a ser impostas se os novos dirigentes sírios, oriundos de movimentos islamitas, não respeitarem os direitos humanos ou os valores democráticos, disse em janeiro a chefe da diplomacia europeia, Kaja Kallas.

Últimas do Mundo

A diretora-geral do departamento alemão de compras militares alertou este sábado que as forças armadas nacionais (Bundeswehr) têm três anos para adquirir o material necessário para assegurar a defesa face a um eventual ataque da Rússia em território da NATO.
A Interpol, organização internacional de cooperação policial, anunciou na sexta-feira a detenção de 20 pessoas em 12 países no âmbito de uma operação de grande envergadura contra conteúdos de pornografia infantil.
O secretário-geral da NATO propôs hoje, oficialmente, que os líderes da organização concordem, na cimeira deste mês, em Haia, aumentar os gastos com defesa para 5% do PIB, para cobrir os custos das capacidades militares da organização.
O Dia Mundial do Ambiente centra-se hoje na luta contra a poluição de plásticos, um produto que já contaminou água, alimentos e ar e que cuja produção continua a aumentar, este ano 516 milhões de toneladas.
O presumível autor do atentado contra uma manifestação a favor da libertação dos reféns israelitas em Gaza, que deixou uma dezena de feridos no domingo no Colorado, Estados Unidos, foi acusado na segunda-feira de "crime de ódio".
Um narcossubmarino foi intercetado no Brasil, numa operação conjunta da Polícia Federal brasileira, Polícia Judiciária portuguesa, Polícia Nacional espanhola e a Agência Antidrogas dos Estados Unidos (DEA).
A Rússia disse hoje que abateu 162 ‘drones’ ucranianos, a maioria dos quais nas regiões de Kursk e Belgorod, na fronteira com a Ucrânia, na altura em que devem ter início em Istambul novas conversações diretas entre russos e ucranianos.
O secretário de Estado das Comunidades, José Cesário, confirmou hoje à Lusa a notícia da morte, em combate, na Ucrânia, do cidadão português Jerónimo Guerreiro, e que a família pediu apoio consular para a trasladação do corpo para Portugal.
A Ucrânia vai enviar uma delegação a Istambul para uma nova ronda de negociações de paz diretas com a Rússia na segunda-feira, anunciou hoje o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.
O gabinete político do Hamas reiterou hoje que as emendas do grupo à proposta dos EUA para um cessar-fogo em Gaza não procuram “condições políticas, mas um mínimo de dignidade humana”, após 19 meses de bombardeios israelitas.