O recente escândalo de corrupção envolvendo o Parlamento Europeu e a Huawei abala, uma vez mais, a confiança dos cidadãos nas instituições que deveriam representá-los com integridade. Quando o interesse público é corrompido, é a própria Democracia que fica em risco.
Para enfrentar este desafio, propus, na comissão DEVE, enquanto representante dos Patriots for Europe, a criação do 18.º Objectivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS): “Combater a corrupção e promover a governação transparente”.
A proposta será apresentada na reunião de alto nível da ONU, em Nova Iorque, em Julho. A corrupção não é apenas um crime; é um entrave ao progresso e mina a confiança dos cidadãos na política. Como advertia Cícero em Dos Deveres, ela dissolve o pacto entre governantes e governados, alimentando o abuso de poder e a injustiça.
Lutar contra a corrupção não é uma mera exigência legal, mas um combate essencial em nome da dignidade das sociedades. Onde a opacidade
impera, a verdade definha e os cidadãos tornam-se cínicos ou servis. Combater a corrupção é, por isso, condição indispensável da própria liberdade dos povos. Seja na Europa, seja em Portugal.