Rússia tenta criar impressão de cessar-fogo mas ataques continuam

O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, acusou hoje a Rússia de criar uma falsa aparência de cessar-fogo na Páscoa, tendo continuado a fazer bombardeamentos e ataques de drones durante a noite.

© Facebook de Volodymyr Zelensky

“Na manhã de Páscoa, podemos dizer que o exército russo está a tentar criar uma impressão geral de um cessar-fogo, mas em alguns lugares não abandona as tentativas individuais de avançar e infligir perdas à Ucrânia”, afirma Zelensky numa mensagem publicada na rede social “X”.

A denúncia de Volodymyr Zelensky surge após o Presidente russo, Vladimir Putin, ter ordenado no sábado às suas tropas para fazerem um cessar-fogo na Ucrânia na Páscoa Ortodoxa até às 22:00 de domingo (hora de Lisboa) e instou Kiev a fazer o mesmo.

Apesar da declaração de Putin, Zelensky disse que as forças ucranianas registaram 59 casos de bombardeamentos russos e cinco ataques de unidades em várias áreas ao longo da linha da frente, bem como dezenas de ataques de drones.

O Presidente ucraniano defendeu que a Rússia deve respeitar plenamente as condições do cessar-fogo e reiterou a proposta da Ucrânia de prolongar a trégua por 30 dias, a partir da meia-noite de hoje.

Zelensky afirmou que a proposta “continua em cima da mesa” e que a Ucrânia atuará de acordo com “a situação atual no terreno”.

No final do dia de sábado, oficiais russos instalados na região ucraniana de Kherson, parcialmente ocupada, afirmaram que as forças ucranianas continuavam os seus ataques.

“As tropas ucranianas continuam a atacar cidades pacíficas na região de Kherson, violando a trégua da Páscoa”, escreveu o governador nomeado por Moscovo, Vladimir Saldo, na sua conta no Telegram.

Vladimir Putin anunciou o cessar-fogo temporário invocando razões humanitárias, mas não deu pormenores sobre a forma como o cessar-fogo seria controlado ou se abrangeria os ataques aéreos ou as batalhas terrestres em curso, que se desenrolam 24 horas por dia.

O anúncio do cessar-fogo foi feito depois de o Presidente dos EUA, Donald Trump, ter dito na sexta-feira que as negociações entre a Ucrânia e a Rússia estão “a chegar a um ponto crítico” e que nenhum dos lados está a “jogar” com ele no seu esforço para acabar com a guerra de três anos.

Últimas do Mundo

O voo MH370 desapareceu a 8 de março de 2014 quando voava de Kuala Lumpur para Pequim com 239 pessoas a bordo, incluindo 227 passageiros - a maioria dos quais chineses - e 12 membros da tripulação.
A Comissão Europeia abriu hoje uma investigação à gigante tecnológica Google por suspeitar de violação da lei da União Europeia (UE), que proíbe abuso de posição dominante, ao impor "condições injustas" nos conteúdos de inteligência artificial (IA).
A tecnológica Meta anunciou a aquisição da empresa norte-americana Limitless, criadora de um pendente conectado, capaz de gravar e resumir conversas com recurso à inteligência artificial (IA).
Ministério Público holandês está a pedir penas que podem chegar aos 25 anos de prisão para um pai e dois filhos acusados de assassinarem Ryan Al Najjar, uma jovem síria de 18 anos que, segundo a acusação, foi morta por se recusar a seguir as regras tradicionais impostas pela própria família.
Cada vez mais portugueses procuram a Arábia Saudita, onde a comunidade ainda é pequena, mas que está a crescer cerca de 25% todos os anos, disse à Lusa o embaixador português em Riade.
O Papa rezou hoje no local onde ocorreu a explosão no porto de Beirute em 2020, que se tornou um símbolo da disfunção e da impunidade no Líbano, no último dia da sua primeira viagem ao estrangeiro.
Pelo menos 30 pessoas foram sequestradas em três ataques por homens armados durante o fim de semana no norte da Nigéria, aumentando para mais de 400 os nigerianos sequestrados em quinze dias, foi hoje anunciado.
Pelo menos quatro pessoas morreram baleadas em Stockton, no estado da Califórnia, no oeste dos Estados Unidos, anunciou a polícia, que deu conta ainda de dez feridos.
O estudante que lançou uma petição a exigir responsabilização política, após o incêndio que matou 128 pessoas em Hong Kong, foi detido por suspeita de "incitação à sedição", noticiou hoje a imprensa local.
O alto comissário das Nações Unidas (ONU) para os Direitos Humanos, Volker Türk, denunciou hoje que “pelo menos 18 pessoas” foram detidas no golpe de Estado de quarta-feira na Guiné-Bissau e pediu que se respeitem os direitos humanos.