Analistas consultados pelo BCE reveem em alta inflação na zona euro para 2023 e em baixa para 2025

Os analistas económicos consultados pelo BCE reviram ligeiramente em alta as previsões de inflação para 2023 e em baixa para 2025, mas esperam que esta se mantenha acima do objetivo de 2% tanto em 2025 como a longo prazo (2028).

© D.R.

Os peritos consultados pelo Banco Central Europeu (BCE) preveem uma inflação global na zona euro de 5,6% em 2023 (contra 5,5% no inquérito anterior), 2,7% em 2024 (já era 2,7%) e 2,1% em 2025 (contra 2,2%).

Preveem também que a inflação global média a longo prazo em 2028 seja de 2,1%, o mesmo que no inquérito anterior.

O BCE decidiu, na quinta-feira, manter as taxas de juro inalteradas em 4,5%, à medida que a inflação abranda e depois de as ter aumentado ininterruptamente dez vezes desde julho de 2022, mas advertiu que os preços da energia podem aumentar ainda mais devido ao aumento das tensões geopolíticas no Médio Oriente.

O BCE considera que as suas taxas de juro se situam em níveis que, se forem mantidos durante um período suficientemente longo, contribuirão substancialmente para fazer descer a inflação para 2% a médio prazo.

Os peritos consultados pelo BCE preveem uma inflação subjacente em 2023 de 5,1% (também 5,1 % no inquérito anterior), em 2024 de 2,9% (contra 3,1%) e em 2025 de 2,2% (face a 2,3%).

A mais longo prazo, em 2028, preveem uma inflação subjacente de 2% (2,1%).

A inflação subjacente exclui os preços da energia, dos géneros alimentares, do álcool e do tabaco, por serem mais voláteis.

Além disso, os peritos consultados pelo BCE reveem em baixa as suas previsões de crescimento para este ano e para o próximo.

Os peritos consultados pelo BCE preveem um crescimento em 2023 de 0,5% (contra 0,6% no inquérito anterior), em 2024 de 0,9% (contra 1,1%), em 2025 de 1,5% (contra 1,5%) e a longo prazo de 1,3% (contra 1,3%).

As previsões de desemprego para este ano e para 2025 foram revistas ligeiramente em baixa.

Preveem agora que a zona euro tenha uma taxa de desemprego de 6,5% em 2023 (contra 6,6% no inquérito anterior), 6,7% em 2024 (contra 6,7%), 6,6% em 2025 (contra 6,7%) e 6,5% em 2028 (contra 6,5%).

O BCE realizou o inquérito entre 29 de setembro e 05 de outubro deste ano e recebeu 63 respostas de peritos de instituições financeiras e não financeiras da União Europeia (UE).

Últimas de Economia

O Tribunal de Contas Europeu (TCE) apelou hoje a um orçamento da União Europeia (UE) "mais simples e mais inteligente" por atualmente ser difícil mobilizar verbas para circunstâncias imprevistas e emergências, como desastres ou guerra.
Os custos de construção de habitação nova aumentaram 4,8% em julho, em termos homólogos, 0,9 pontos percentuais acima de junho, tendo a mão-de-obra subido 8,9% e os materiais 1,5%, divulgou hoje o INE.
A indústria do calçado nacional antecipa que este será um ano de consolidação nos mercados internacionais, apesar da instabilidade, com o setor a exportar 90% da sua produção.
O Banco de Portugal (BdP) desconhece quanto é que os bancos venderam em empréstimos à habitação desde 2017, em operações de cessão de crédito, a entidades exteriores não supervisionadas pelo banco central.
O índice mundial de preços dos alimentos registou em agosto um aumento de 6,9% face ao mesmo mês do 2024, informou hoje a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO).
O Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil (SPAC) disse hoje que a gestão atual da TAP tem demonstrado "uma ineficiência notável no planeamento da operação", o que, defendeu, "se traduz em custos elevados com trabalho suplementar".
A companhia aérea irlandesa de baixo custo Ryanair informou hoje que concluiu a instalação de medidores de bagagem de mão maiores em 235 aeroportos em toda a Europa.
Entre janeiro e setembro de 2025, 13.522 funcionários públicos aposentaram-se através da Caixa Geral de Aposentações (CGA), um número ligeiramente inferior ao do mesmo período do ano passado. Contudo, o destaque vai para o aumento das pensões mais elevadas uma vez que, segundo dados publicados em Diário da República e revelados pelo Jornal de Notícias, 393 reformas superaram os 5.000 euros mensais brutos, mais 30 do que em 2024.
A contabilização de prestações como o apoio ao cuidador informal, o complemento por dependência e o Seguro Social Voluntário como rendimento está a levar à perda de apoios como o abono de família, segundo o Jornal de Notícias.
O preço do cabaz alimentar essencial, composto por 63 produtos, subiu cerca de 17 euros no último ano, atingindo agora um valor médio de 271 euros, de acordo com dados da DECO Proteste, citados pela SIC Notícias. A variação corresponde a um aumento de aproximadamente 2% face a agosto de 2024.