O Presidente do CHEGA, André Ventura, questionou o primeiro-ministro se “vive neste mesmo país que nós vivemos”.
“Pergunto se vive e se conhece os portugueses para quem fala hoje. Portugal é hoje uma referência no mundo inteiro. Só se for de bandalheira e de desleixo, é a única referência em que o país é”, apontou o líder da oposição.
O debate da proposta do Orçamento do Estado para 2026, no Parlamento, arrancou pelas 15 horas desta segunda-feira, e o preço dos combustíveis e o Serviço Nacional de Saúde são prioridades para o partido liderado por André Ventura.
Ventura criticou a subida do preço dos combustíveis, bem como “a reforma do Serviço Nacional de Saúde”, voltando a afirmar que “o primeiro-ministro não deve viver no mesmo país”.
“Montenegro prometeu que ia baixar impostos, mas prepara-se para sacar dinheiro em impostos sobre os combustíveis. Mais de 55% do preço dos combustíveis são impostos”, atirou.
Para o presidente do segundo maior partido, o essencial é ter um “Orçamento do Estado que olhe para quem trabalha por este país”, destacando os “polícias, guardas e bombeiros” que, àquela hora, se encontravam sentados nas galerias a assistir ao plenário.
“Olhos nos olhos com eles, Sr. primeiro-ministro”, reforçou.
E terminou: “Insinuou que esta bancada tinha saudades do tempo da ditadura e que tinha saudades do tempo em que não éramos uma democracia […]. Eu não tenho saudades nenhumas de nenhum tempo anterior àquele em que era nascido, mas sei uma coisa: sei que, se calhar, se tivéssemos um, dois, três Salazar, tínhamos menos corrupção neste país.”