E agora, Marcelo?

Como sou um “guardador de notícias” publicadas na imprensa deparei-me com uma afirmação do nosso Presidente da República, no encerramento do seminário “Potenciar os efeitos dos fundos europeus na economia nacional”, organizado pelo Fórum para a Competitividade, em meados de 2021.

Terá afirmado o nosso Presidente da República que “Portugal não pode cair para a cauda da Europa e cuidar que as economias menos competitivas do que a nossa não nos superem uma a uma”.

Estranhamente, em 2022, julgo que voltámos a descer no ranking, pelo que nos ocorre perguntar ao nosso Presidente se não se sente frustrado com o desempenho do Governo … e se não será caso para ponderar a utilização da “bomba atómica”!!!
Não seria caso virgem, pois Jorge Sampaio utilizou-a contra Santana Lopes, que também tinha uma maioria parlamentar.

Reconheço que não é fácil tomar tal medida, mas certamente a Presidência da República tem as suas toupeiras que, sem dar nas vistas (contrariamente ao Presidente), podem auscultar informalmente o eleitorado e, quiçá, chegar à mesma conclusão que levou o Presidente Jorge Sampaio a tomar a decisão (literalmente, pois não tenho o texto, terá dito que tinha a sensação de que o Povo já não queria aquela maioria).

O que me preocupa, não por mim, que já estou velho, é verificar que o país não progride e que, muito provavelmente, vamos ver partir para a emigração os mais qualificados, contrariamente ao que se passou no passado.
Tanto quanto sei por portugueses que estão radicados no estrangeiro, continuamos a ser bem recebidos e reconhecem o nosso valor. E não esperemos que essa emigração, ao contrário da dos anos 50/60, pensa voltar para Portugal.
Ainda recentemente, nas cerimónias de Fátima, foi patente a diminuição dos emigrantes.

Bernardo Silva
(Militante do CHEGA)

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