Portugal tem enfrentado desafios significativos em relação às suas políticas de emigração, o que resultou em algumas falhas no sistema. Tem vindo a decorrer um fenómeno conhecido como “fuga de cérebros”, onde jovens altamente qualificados emigram para outros países em busca de melhores oportunidades de emprego e condições de vida.
Em dinâmicas de turnover, o governo português tem falhado em implementar políticas eficazes para reter talentos e incentivar os emigrantes a retornarem ao país, pois a falta de perspectivas de carreira e salários competitivos são dos principais fatores que contribuem para essa falta de incentivo.
Existe também uma falta de investimento em setores estratégicos, onde tem-se enfrentado desafios na diversificação da economia e na criação de oportunidades de emprego em setores como a energia, agropecuária e têxteis, que salientam o patriotismo e a identidade nacional na matriz empresarial e industrial. Estes setores têm um potencial significativo para criar empregos qualificados e reter talentos, mas requerem investimento e políticas específicas de incentivos para o seu desenvolvimento, apostando na descentralização do setor empresarial metropolitano.
Para superar essas falhas, é necessário que o governo adote uma abordagem abrangente para promover a cooperação entre instituições, investir em educação e qualificação profissional, com emprego garantido, de modo a implementar políticas de retenção de talentos.
Ao contrário, temos vindo a perceber o real intuito da exportação de capital humano em função de um trade-off com programas de ajuda externa pelos bancos centrais e políticas europeias.
Controlar a taxa de natalidade através de políticas de imigração em Portugal não é uma abordagem adequada ou ética. A taxa de natalidade é influenciada por vários fatores, incluindo políticas de saúde, educação, trabalho e apoio às famílias. Promover a imigração como uma forma de controlar a taxa de natalidade terá consequências negativas para o país a longo prazo.
Portugal já enfrenta um problema significativo de envelhecimento da população, sendo que a imigração em massa como uma política de controle de natalidade é despropositada, pois continuaria a reduzir a população portuguesa, em idade fértil. Isso poderia ter implicações positivas para a sustentabilidade do sistema de segurança social e para o equilíbrio entre gerações, sendo que as contribuições dos imigrantes asseguram em grande parte mais de 1,5 mil milhões de Euros por ano, mas com perdas significativas de estatuto e falhas para os que ambicionam uma classe média a nível nacional.
Ao incentivar a imigração como política de controle de natalidade, Portugal continuará a enfrentar a fuga de cérebros mencionada anteriormente, visto que esta imigração assenta em bases do setor primário, não promovendo os nossos jovens qualificados, que emigram em busca de melhores oportunidades em outros países, resultando na perda de recursos humanos essenciais para o desenvolvimento económico e social do país.
Em vez de se usar a imigração como uma política para controlar a taxa de natalidade, é mais apropriado adotar uma abordagem abrangente que envolva políticas de incentivos à natalidade, suporte às famílias, políticas de conciliação entre trabalho e vida pessoal, acesso a cuidados de saúde, educação de qualidade, e medidas que promovam a estabilidade económica e social. Essas políticas devem ser voltadas para incentivar a decisão das pessoas de terem filhos e criar um ambiente propício para o crescimento populacional sustentável, não tendo que ir buscar recursos ao exterior, sendo que o direito à liberdade resulta do direito à propriedade, e, aqui dizendo, à titularidade da dignidade de uma qualidade de vida para os portugueses.