Portugal é um país à beira mar plantado, pois está virado para o Atlântico e, com tal, tem o privilégio de poder comunicar mais facilmente com os outros continentes e ilhas, atraindo turismo e investimento, o que gera mais emprego, movimenta a economia e, supostamente, aumenta o poder de compra.
Digo supostamente, não fossem as sucessivas falhas de gestão, a falta de compromisso, a falta de ética governamental e a falta de respeito por todos quantos, de uma forma direta ou indireta dependem da empresa principalmente os trabalhadores que de repente se viram com o salário congelado, as vidas suspensas, tentando gerir eles mesmos o dia a dia para que não falte pão na mesa e um teto para viver.
A TAP, considerada empresa de bandeira está, mais uma vez, na “corda bamba”. Certo é que “Quanto maior a nau, maior é a tormenta”, então pensem melhor porque “quem não tem unhas, não toca guitarra”.
O aumento de tráfego aéreo, o stress logístico e humano leva à transformação de uma autêntica “bomba-relógio” que, se os decisores políticos não agilizarem a escolha do local do novo aeroporto, pode “rebentar”.
É urgente pôr os egos e os interesses político-partidários de parte, não empaliar, aceitar uma solução lógica e evitar aprisionar gerações futuras.
Uma grande empresa gere muitos postos de trabalho, mas só com reconhecimento do mérito dos trabalhadores e da sua satisfação, é que permite que ambos voem mais alto.
Deve-se investir no necessário, mas sem prejudicar outros setores prioritários, tais como, SNS, Ensino e Segurança.
Não podemos continuar a permitir o “empurrar de barriga” entre os sucessivos governos num jogo político em que as elites têm como objetivo manterem esta alternância de poder entre o PS e o PSD, em que “o PS é o PSD sem D, e o PSD é o PS mais o D”.
O estado, em vez de olhar para o seu próprio presente, deve olhar mais para o futuro de todos nós. Uma solução público-privado evita ir ao “bolso do povo” e, ao mesmo tempo, o governo pode fiscalizar e evitar tornar-se dependente de terceiros para ir além fronteiras.
Um estado dito democrático, não protege apensas o seu núcleo partidário; Não favorece somente os que lhe são mais próximos; Não lucra à custa de “negociatas”.
Um estado verdadeiramente democrático protege todos os cidadãos do seu país e todos os setores por legítimo grau de interesse público e nacional. O lucro de um estado deve ser, apenas e só, em prol do interesse de todos como um só e não do interesse de um á custa de todos.
Não lhe cortem as asas!
“…Não quero deixar a TAP morrer…Não estou disposto a deixar que a TAP seja um servidouro…Estou disposto a que haja um plano de reestruturação, que esse plano seja fiscalizado pelo parlamento, que seja fiscalizado por comissões independentes nomeadamente pelo ministério público ou por entidades similares e que os portugueses não andem a gastar como fizeram com o novo banco.” André Ventura
“…Fixação de um limite claro de dinheiro que os contribuintes gastarão com a TAP.” André Ventura
Portugal tem tudo para “voar mais alto”