Sindicato alerta para “graves erros” que persistem no processamento de salários dos médicos

O Sindicato Independente dos Médicos (SIM) alertou hoje que persistem “graves erros” no processamento dos vencimentos dos médicos em vários hospitais, que voltaram a não pagar este mês incentivos às novas Unidades de Saúde Familiar modelo B.

© Facebook / FNAM

 

“Desde janeiro, o SIM tem alertado repetidamente para os graves erros no processamento dos vencimentos dos médicos em várias Unidades Locais de Saúde (ULS)”, mas até agora “nada mudou”, lamenta em comunicado.

Segundo o sindicato, o suplemento de Dedicação Plena também continua a não ser pago em muitas Unidades Locais de Saúde (ULS), mesmo após a adesão dos médicos a este regime.

“Algumas ULS têm recorrido a manobras dilatórias burocráticas para, de forma ilegal, tentar impedir a adesão dos médicos à Dedicação Plena. Outras, nem sequer respondem aos pedidos, mostrando total inoperância e dando razão às palavras da Ministra da Saúde”, critica o sindicato, aludindo às afirmações da governante sobre lideranças fracas na saúde.

O sindicato refere que já interveio junto da Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS) e da Direção Executiva do SNS, exigindo a correção imediata destas falhas.

Diz que enviou em maio ao Ministério da Saúde “o resultado detalhado” de um inquérito preenchido por mais de 900 associados, que demonstrava “graves falhas de várias ULS” e “um SNS a várias velocidades”.

Para o SIM, trata-se de uma “situação intolerável e uma grave fraude às legítimas expectativas dos médicos”.

“Lamentamos profundamente que os médicos continuem a ser tratados de forma desigual, conforme o seu local de trabalho. Se algumas ULS conseguem cumprir com os pagamentos, todas deveriam ser capazes de o fazer”, defende.

O SIM lamenta também o adiamento da reunião negocial com a tutela que estava prevista para segunda-feira, considerando que esta decisão revela “uma inaceitável falta de sentido de urgência” por parte do Governo.

Alerta para “a situação já insustentável” enfrentada pelos médicos e para “a irreversibilidade do dano causado na confiança dos médicos nas lideranças das administrações e da equipa ministerial”.

O SIM reitera a sua disponibilidade para dialogar e resolver esta situação, mas avisa que não pode “aceitar mais adiamentos”.

A presidente da Federação Nacional dos Médicos, Joana Bordalo e Sá, também lamentou à Lusa no sábado o adiamento da reunião, afirmando que se impõe que “esta negociação aconteça quanto mais célere melhor”, caso contrário “este verão ainda vai ser pior que os outros”, uma vez que continuam a faltar médicos no Serviço Nacional de Saúde.

O Ministério da Saúde esclareceu no sábado que as reuniões foram adiadas devido a alterações na agenda da ministra e pelo trabalho que está a ser feito em colaboração com o Ministério das Finanças.

“A ministra da Saúde recebeu, no dia 21, uma convocatória para estar na Assembleia da República no próximo dia 28 de junho, para ser debatido o Plano de Emergência da Saúde, o que obrigou a alterações na respetiva agenda semanal”, afirma numa resposta escrita à Lusa.

O Governo disse ainda que tem estado a trabalhar em várias medidas para procurar satisfazer algumas das reivindicações feitas ao Ministério da Saúde pelos vários sindicatos.

Últimas do País

O presépio da Associação Cultural e Recreativa Os Palheiros, em Ílhavo, no distrito de Aveiro, ficou sem iluminação durante a noite em consequência do furto das luzes e da respetiva extensão elétrica. Os dois furtos representam um prejuízo superior a 600 euros para a associação.
Duas pessoas foram realojadas no concelho de Ponta Delgada, na ilha de São Miguel, na sequência de danos no telhado de uma habitação, devido ao mau tempo, nos Açores, que já provocou 11 ocorrências, adiantou a Proteção Civil.
Os doentes classificados como urgentes no hospital Amadora-Sintra enfrentaram hoje tempos de espera de mais de 12 horas para a primeira observação nas urgências gerais, segundo dados do portal do Serviço Nacional de Saúde (SNS).
O tempo médio de espera nas urgências hospitalares é hoje de quase três horas para doentes urgentes e de 49 minutos para casos muito urgentes, de acordo com informação do Serviço Nacional de Saúde (SNS).
A PSP registou, em 24 horas, 106 acidentes, dos quais resultaram dois feridos graves e 38 ligeiros, no âmbito da segunda fase da Operação Polícia Sempre Presente – Festas em Segurança, foi hoje divulgado.
A operação de Natal da PSP e GNR registou 15 vítimas mortais e 1.444 feridos, dos quais 89 em estado grave, na sequência de 4.847 acidentes de viação ocorridos entre 18 e 26 de dezembro.
Os distritos de Guarda e Castelo Branco vão estar sob aviso amarelo durante a noite devido à queda de neve, enquanto Faro tem o mesmo alerta para a tarde de hoje, mas devido à previsão de forte precipitação.
A Urgência Pediátrica do hospital de Évora está hoje a funcionar com equipa incompleta, o que pode provocar "tempos de espera mais elevados" para doentes sem referenciação, divulgou a Unidade Local de Saúde do Alentejo Central (ULSAC).
Cerca de 6.200 vítimas de violência doméstica têm atualmente teleassistência, conhecida como 'botão de pânico', indicou a Direção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais (DGRSP), que em 2026 assume a responsabilidade plena pelo sistema.
O Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) colocou hoje sob aviso amarelo as nove ilhas dos Açores devido à previsão de "precipitação por vezes forte" a partir da madrugada.