“Encostem os bandidos à parede”. CHEGA quer mais ações policiais

Após cerca de 20 dias de ter acontecido a operação da PSP na Rua do Benformoso, no Martim Moniz, em Lisboa, esta ação policial ainda está a dar que falar. “Vergonhosa”, “desnecessária” ou “humilhante” são três dos adjetivos mais utilizados pela esquerda e extrema-esquerda para caracterizar a ação policial que tinha como objetivo “alavancar a segurança e tranquilidade pública da população residente e flutuante”, de acordo com o Comando Metropolitano de Lisboa da PSP.

© Folha Nacional

Fonte da PSP disse à Lusa que a operação focalizou-se em “deter suspeitos da prática de crimes de posse ilegal de arma e apreender armas que eventualmente sejam encontradas no interior de veículos de suspeitos e aumentar o sentimento de segurança das pessoas que habitualmente utilizam os transportes públicos, espaços que dão acesso a estes, bem como nas áreas adjacentes, fiscalizando os utentes suspeitos dos transportes públicos”.
Ainda assim, esta ação que aconteceu a 19 de dezembro causou uma onda de contestação, principalmente por parte da esquerda e extrema-esquerda, que dura até ao dia de hoje. Por essa razão, um grupo de cidadãos de Lisboa lançou, na semana passada, uma petição pública ‘online’ em apoio à PSP e às restantes forças de segurança que atuam nas 24 freguesias do concelho. A iniciativa surgiu face a várias operações policiais contestadas.
Os autores da petição identificam-se como residentes ou trabalhadores no concelho de Lisboa e manifestam o seu apreço pelo trabalho da PSP.
Na descrição, elogiam o “esforço contínuo de prevenção, policiamento de proximidade e operações de combate ao crime” que, segundo afirmam, têm sido “uma constante ao longo dos anos”.
Em contrapartida, na segunda-feira, uma queixa sobre a ação na Rua do Benformoso foi entregue à provedora de Justiça, Maria Lúcia Amaral.
Filipa Bolotinha, responsável da Associação Renovar a Mouraria, entregou a queixa acompanhada por alguns deputados, como Isabel Moreira e Eurico Brilhante Dias, do PS, Isabel Mendes Lopes, do Livre, ou Joana Mortágua, do Bloco de Esquerda. Mas para o Presidente do CHEGA, “goste o primeiro-ministro ou não, goste a extrema-esquerda ou não, a polícia deve fazer este tipo de operações e continuar a fazê-lo em Portugal.”
“Quando acontece uma operação policial não pode existir medo de agir nem por causa da cor da pele, nem da religião dos envolvidos, nem da etnia. Uma operação policial tem de ser feita sem querer saber se gostamos ou não de ver as imagens. Uma operação policial não está dependente se um ministro gosta de ver as pessoas de costas para a parede ou viradas de frente para a parede. Tem de ser sobre se há tráfico de droga, assaltos aos comerciantes, assédio às mulheres, violações ou crimes sexuais”, declarou André Ventura, em debate de urgência, na Assembleia da República,
requerido pelo CHEGA sobre “o estado da segurança em Portugal”.
Nesta senda, Ventura defende que a polícia tem de “mostrar autoridade” e considera que Portugal “tem sido tolerante demais” ao permitir o desenvolvimento de “bolhas de insegurança, de instabilidade, de impunidade”.
“Nós temos que começar a dar o sinal de que, seja zona de criminalidade, seja zona de mais estrangeiros, seja zona de minorias, a polícia não tem medo e portanto quando é preciso lá ir, também vai, e não se diga que a polícia só vai porque estão ali estrangeiros”, defendeu.
O líder do CHEGA fez ainda sobressair que a política “estava mais do que legitimada para fazer esta ação” por estar a cumprir “vários mandados judiciais”, considerando que “ao agir, e ao agir dentro da lei, muitas vezes no cumprimento de mandados judiciais, a polícia está a mostrar a autoridade”.
Mas a criminalidade e a falta de segurança nas ruas que aumentaram graças à “imigração descontrolada em Portugal”, provocada pelas “portas escancaradas”, não são atos isolados, pois “a comunidade cigana continua a ter impunidade em Portugal”.
“É um caso atrás de outro, enquanto o país adormece e vira para o lado, sem perceber que há um problema real que tem de ser resolvido”, condena Ventura, que sublinha que deve se impor “mão dura contra a criminalidade”.
“O que pensa o Governo fazer para garantir que as nossas ruas não se transformam num ‘faroeste’ desnecessário, com crimes à luz do dia, com sangue a escorrer pelas nossas ruas? É hora de ser duro com o crime e é isso que esperamos que este Governo faça”, completou, frisando que “a relação entre imigração, religião ou crime deve ser vista e analisada sempre com cuidado.”
Pela Autoridade, Contra a Impunidade Perante a operação da PSP na Rua do Benformoso, a esquerda e a extrema-esquerda decidiram fazer uma manifestação em Lisboa, designada como “Não nos encostem à parede”, este sábado, pelas 15h. Em resposta, o CHEGA fará uma vigília “pacífica e silenciosa”, também no sábado, pelas 15H30, na Praça da Figueira, na Baixa de Lisboa. Isto porque é importante sair em defesa das forças de segurança, para potenciar o sentimento de segurança nas ruas, de forma a assegurar e a reforçar a confiança dos cidadãos nas forças de segurança.
Nas palavras de Ventura, o objetivo desta vigília visa mostrar aos portugueses e aos estrangeiros que Portugal está seguro e que não tem medo nem das zonas do seu território onde a polícia não entra, pois é tempo de “encostá-los à parede até o crime acabar neste país.”
“Aos gandulos que incendeiam autocarros, encostem-nos à parede. Aos pedófilos que atacam crianças, encostem-nos à parede. Aos imigrantes ilegais, encostem-nos à parede. Aos que roubam e destroem, encostem-nos à parede. Nós não temos mensagens de penas suspensas, de carinho nem de amor, dizemos ‘encostem-nos à parede’ uma e outra vez até eles perceberem que têm de ser encostados à parede.
Encostem-nos à parede até acabarmos com eles e sermos um país de justiça e de segurança para todos!”, finalizou.

Últimas de Política Nacional

O presidente do CHEGA defendeu hoje que a transformação do país se consegue através dos votos e da democracia, não com recurso a violência, e saudou as autoridades pelo desmantelamento de uma milícia armada de extrema-direita.
Os deputados do CHEGA Diogo Pacheco de Amorim e Filipe Melo foram hoje eleitos vice-presidente da Assembleia da República e vice-secretário, respetivamente, depois de terem falhado a primeira eleição.
Três quartos dos 22.200 milhões de euros do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) não tinham execução orçamental no final de 2024, decorrido mais de metade do prazo previsto para a implementação do plano, avança hoje o CFP.
O CHEGA vai voltar a indicar os deputados Diogo Pacheco de Amorim para vice-presidente e Filipe Melo para vice-secretário da Mesa da Assembleia da República na nova eleição que vai decorrer hoje.
O programa do XXV Governo Constitucional é hoje apresentado e discutido na Assembleia da República a partir das 10:00, arrancando com uma intervenção do primeiro-ministro, Luís Montenegro, sem limite de tempo.
O presidente do CHEGA, André Ventura, admitiu hoje avançar com uma comissão parlamentar de inquérito, levantando suspeitas de "atribuição criminosa" da nacionalidade portuguesa.
O deputado municipal do CHEGA Bruno Mascarenhas é o candidato do partido à presidência da Câmara Municipal de Lisboa nas próximas eleições autárquicas, foi hoje divulgado.
A Sedes (Associação para o Desenvolvimento Económico e Social)pediu hoje ao Governo que coloque no centro da ação governativa seis reformas, entre as quais da Segurança Social, fiscal ou da administração pública.
Uma sondagem da Pitagórica para o Jornal de Notícias e a TSF revela que 74 % dos portugueses são a favor da redução do número de deputados na Assembleia da República.
Enquanto Marcelo Rebelo de Sousa dizia que ser português ou imigrante é a mesma coisa e que não há portugueses puros, o líder do CHEGA rejeitou a tentativa de “culpabilização histórica”.