“O CHEGA não pode ter uma cara para dentro e uma cara para fora. O CHEGA é intolerante ao crime. O CHEGA tem tolerância zero para com o crime, seja cometido por quem for”, afirmou o líder do CHEGA, André Ventura, esta quinta-feira, em declarações aos jornalistas, no Parlamento.
Reiterando que o partido “não tem um critério para uns e um critério para outros”, Ventura defendeu que os crimes “têm de ter uma consequência imediata”, como a “renúncia e o abandono dos cargos”.
O líder do CHEGA reagia à polémica que envolve o deputado municipal do partido Nuno Pardal, que foi acusado pelo Ministério Público (MP) de dois crimes de prostituição de menores agravados.
“Há momentos da história do Homem e da Política em que temos de mostrar a massa de que somos feitos. Houve outros que protegeram, mas eu não sou assim. Vou exigir consequências desde o primeiro momento”, atirou, acrescentando que “um líder não escolhe os casos, mas escolhe a reação que tem aos casos”.
Questionado sobre se continua a apoiar a castração química, Ventura afirmou que “defenderia exatamente a mesma castração química para pedófilos ou para abusadores de menores” que defende “para todos os outros”, mesmo que fossem seus familiares ou amigos.
O Presidente do CHEGA fez ainda sobressair que “foi aberto um processo interno para averiguar toda a circunstância envolvida” e que pediu a Nuno Pardal “que abandone todos os lugares dentro do CHEGA”.
O dirigente do CHEGA Nuno Pardal Ribeiro demitiu-se da vice-presidência da distrital de Lisboa do partido, depois de renunciar ao mandato de deputado municipal.