PSD e CHEGA pedem audição na CPI de adjunto de Galamba exonerado

© Folha Nacional

O PSD e o CHEGA pediram uma audição na comissão parlamentar de inquérito à TAP do adjunto exonerado de João Galamba, Frederico Pinheiro.

Este pedido de audição dos dois partidos surgem no final do dia em que se conheceu a exoneração de Frederico Pinheiro por “comportamentos incompatíveis com os deveres e responsabilidades” e as suas acusações a João Galamba, já negadas categoricamente pelo ministro das Infraestruturas, de que tinha procurado omitir informação à comissão de inquérito à TAP.

No requerimento para a audição que o PSD pretende que seja “agendada com a máxima urgência”, os sociais-democratas condenam as “declarações muito graves” do líder parlamentar do PS, Eurico Brilhante Dias, nomeadamente as acusações aos outros Grupos Parlamentares de “violarem a lei e de passarem informação à comunicação social, e que tinha sido entregue à Comissão de Inquérito à TAP”.

Soube-se “hoje pela comunicação social que a referida fuga de informação poderá ter ocorrido a partir do próprio Ministério das Infraestruturas, nomeadamente das notas de adjunto do Ministro, Frederico Pinheiro que participou na ‘reunião secreta’ entre membro(s) do Grupo Parlamentar, assessores do Ministério das Infraestruturas e dos Assuntos Parlamentares, e a CEO da TAP”, refere ainda o PSD.

“Porque à divulgação na comunicação social dessa fuga de informação, se terá seguido na quarta-feira a demissão do referido adjunto do Ministro das Infraestruturas, e desacatos graves no mesmo Ministério ontem, quinta-feira, com acusações por parte de Frederico Pinheiro de sujeição a tentativa de ocultação e falseamento de informação”, justifica o PSD.

Já o CHEGA refere que o ex-adjunto de João Galamba informa que “recebeu indicação de que em caso de requerimento pela comissão parlamentar de inquérito, as notas da reunião não seriam partilhadas por serem um documento informal, sendo que posteriormente o referido Ministério terá mesmo afirmado que essas notas não existiam, o que segundo o próprio é manifestamente falso”.

“Esta situação é particularmente grave pois pode significar que há um membro do Governo que deliberadamente tenta ocultar informação à Comissão Parlamentar de Inquérito, com todas as consequências legais que daí advêm”, considera o CHEGA.

O adjunto exonerado do ministro João Galamba, Frederico Pinheiro, acusou o Ministério das Infraestruturas de querer omitir informação à comissão de inquérito à TAP sobre a “reunião preparatória” com a ex-CEO.

Entretanto, em comunicado, o ministro das Infraestruturas negou “categoricamente” as acusações do adjunto exonerado, referindo ainda que, “pelo contrário”, “toda a documentação solicitada pela CPI foi integralmente facultada”.

Últimas de Política Nacional

Saiu do Executivo, passou pelo Parlamento e acaba agora a liderar uma empresa pública com um vencimento superior ao que tinha no Governo. Cristina Vaz Tomé foi escolhida para presidir à Metro de Lisboa e vai ganhar cerca de sete mil euros mensais, com despesas da casa pagas.
O Ministério Público (MP) pediu hoje penas entre os cinco e nove anos de prisão para os ex-presidentes da Câmara de Espinho, Miguel Reis (PS) e Pinto Moreira (PSD), por suspeitas de corrupção no processo Vórtex.
O presidente do CHEGA, André Ventura, anunciou hoje que o seu partido votará contra o novo pacote laboral no parlamento se o Governo não ceder em matérias como o despedimentos e alterações na área da parentalidade.
A mensagem gerou indignação, o caso abalou o ministério e levou a uma demissão, mas o inquérito interno concluiu que não houve infração disciplinar. Nataniel Araújo sai ilibado e continua como chefe de gabinete da Agricultura.
Os vereadores e deputados municipais do CHEGA têm rejeitado a criação da Comunidade Intermunicipal da Península de Setúbal.
Bruxelas paga, Lisboa faz campanha: Ângelo Pereira (PSD) e Ricardo Pais Oliveira (IL) estiveram no terreno eleitoral enquanto recebiam vencimentos do Parlamento Europeu, prática proibida pelas regras comunitárias.
A comissão parlamentar de inquérito (CPI) ao INEM decidiu hoje suspender os trabalhos durante o período de Natal e Ano Novo e na segunda semana de janeiro, devido às eleições presidenciais.
Num mês em que as presidenciais já se travavam mais nos ecrãs do que nas ruas, André Ventura esmagou a concorrência: foi o candidato que mais apareceu, mais falou e mais minutos ocupou nos principais noticiários nacionais.
O Ministério da Saúde voltou a entregar um contrato milionário sem concurso: 492 mil euros atribuídos diretamente ao ex-ministro social-democrata Rui Medeiros, aumentando a lista de adjudicações diretas que colocam a Saúde no centro da polémica.
A nova sondagem Aximage para o Diário de Notícias atira André Ventura para a liderança com 19,1% das intenções de voto. Luís Marques Mendes surge logo atrás com 18,2%, mas o maior tremor de terra vem do lado do almirante Gouveia e Melo, que cai a pique.