Porém, fê-lo sem a autorização dos mesmos e até filiou um menor de idade. A polémica estalou esta semana com uma notícia do Expresso. Tudo começou quando a organização do festival NOS Alive distribuiu bilhetes gratuitos pela autarquia.
Estes foram, posteriormente, entregues a todos os partidos com assento na Assembleia Municipal de Oeiras.
Com acesso a bilhetes gratuitos, elementos da Juventude Socialista fizeram-se à vida e andaram de porta em porta no município a publicitar um sorteio que iria oferecer os ingressos para o festival que é um dos mais ‘badalados’ da atualidade.
No entanto, e como se diz na gíria, ‘não há almoços grátis’ e, em troca da inscrição no sorteio para os bilhetes, os visados tiveram de dar os seus dados pessoais aos militantes da ‘jota’ socialista. Houve quem achasse estranho o pedido de dados, mas, ainda assim, acabou por partilhá-los, jamais pensando no que estaria para chegar.
Ora, um mês depois, quem o fez de boa-fé em casa, recebeu um cartão de militante do Partido Socialista – incluindo um jovem militante do CHEGA.
Em declarações ao Expresso, Leonardo Silva disse ter ficado “indignado” quando recebeu o cartão de militante, tendo-se sentido enganado, uma vez que, garante, nunca lhe foi dito que teria de se inscrever como militante no PS para poder ter acesso ao sorteio dos bilhetes.
Mas não foi só Leonardo a ser filiado no PS contra a sua vontade. Também a sua irmã, que é menor de idade, recebeu o cartão de militante, o que, recorde-se, não é permitido por lei – um menor de idade (com mais de 14 anos) pode apenas ser militante da juventude de um partido.
A deputada do CHEGA, Rita Matias, que é também a coordenadora da Juventude CHEGA, classificou o sucedido como se tratando de “uma vergonha que não vamos deixar passar impune”.
Em declarações ao Folha Nacional, Rita Matias acusou a Juventude Socialista de, “tal como faz o PS, andar a brincar com os jovens”.
“O que é preciso esclarecer é que os jovens não precisam de bilhetes para festivais, precisam, isso sim, que o país lhes dê condições para permanecerem em Portugal e não terem de comprar um bilhete só de ida para o estrangeiro em busca de um futuro digno”, apontou.
Questionado a este propósito pelo Expresso, o líder da JS em Oeiras, Miguel Partidário, admitiu o sucedido, descrevendo-o como um “provável erro de troca de documentos ou de informação” que, asseverou, a JS “está a tentar averiguar” para poder “resolver a situação pacificamente”.