Ventura demite-se se “Chega ficar atrás do PCP e BE” nas Europeias

O presidente do CHEGA afirmou hoje que se demite se o partido ficar atrás do PCP e do BE nas europeias e desafiou o líder do PSD a fazer o mesmo se tiver menos votos do que o PS.

© Folha Nacional

“Se o CHEGA ficar atrás do Bloco e do PCP eu demito-me, se o PSD ficar atrás do PS ele [Luís Montenegro] demite-se. Acho que é um acordo justo e acho que é um desafio sério para podermos vencer as eleições europeias”, propôs André Ventura, em declarações aos jornalistas na Assembleia Legislativa da Madeira, após a tomada de posse dos 47 deputados eleitos nas regionais de 24 de setembro.

O presidente do CHEGA reagia às declarações do presidente do PSD, Luís Montenegro, que afirmou na terça-feira à noite que as eleições europeias de junho de 2024 serão uma “bela oportunidade” para os portugueses mostrarem um “cartão amarelo” ao Governo PS pela “frustração, empobrecimento, falta de resultados e desilusão”.

“Eu gostava de deixar uma clareza e um desafio. A clareza é esta: a direita tem de vencer as eleições europeias, não é uma questão de poder perder por pouco, a direita tem de vencer as eleições europeias e eu deixo um desafio ao doutor Luís Montenegro. O desafio é este: cada um vence o seu segmento e nós temos a certeza que venceremos as eleições europeias”, realçou.

“Se o PSD vencer o PS e se o CHEGA vencer o Bloco de Esquerda e o PCP, então nós temos uma certeza, a certeza de que vencemos”, reforçou André Ventura, acrescentando que as eleições europeias “não são para mostrar um cartão amarelo, são para mostrar um cartão vermelho ao Partido Socialista”.

O líder do CHEGA considerou que perder as europeias “é uma vergonha para a direita” e lamentou que Luís Montenegro “não compreenda isso” nesta fase e deixe “subentendido que se perder as eleições isso pode não ser mau para a direita”.

Sobre a lista do partido às eleições europeias do próximo ano, e se algum madeirense terá um lugar de destaque, Ventura disse que ainda não está fechada mas admitiu que “é possível que aconteça” tendo em conta os resultados do CHEGA obtidos nas eleições regionais da Madeira de 24 de setembro.

A coligação PSD/CDS-PP elegeu 23 deputados, o PS onze, o JPP cinco e o CHEGA quatro, enquanto a CDU (PCP/PEV), o BE, o PAN e a IL elegeram um deputado cada.

Últimas de Política Nacional

O CHEGA exige a perda de nacionalidade portuguesa a quem cometa crimes como terrorismo ou homicídio. André Ventura defende que quem atenta contra Portugal “não pode manter a nacionalidade”, sublinhando que esta deve ser reservada a quem honra os valores da nação.
O CHEGA lidera uma autarquia em território nacional, após vencer com maioria absoluta todos os órgãos do concelho de São Vicente, na Madeira. A tomada de posse está marcada para 25 de outubro, com a presença de André Ventura. O partido garante que este será um “exemplo de mudança e rigor” para todo o país.
O antigo primeiro-ministro José Sócrates chegou a ter, em 2014, três empréstimos em simultâneo na Caixa Geral de Depósitos (CGD) para cobrir despesas que admitiu que eram "absolutamente exageradas", testemunhou hoje a sua gestora de conta à data.
O candidato presidencial e líder do CHEGA, André Ventura, criticou as posições de Gouveia e Melo sobre imigração, considerando que alguém que quer ser o próximo Presidente da República não pode equiparar um imigrante a um português.
O líder do CHEGA afirmou hoje que Gouveia e Melo protagoniza cada vez mais as causas do PS, sobretudo por ter Mário Soares como modelo presidencial, e apostou que o ex-primeiro-ministro António Costa vai votar no almirante.
O CHEGA obteve em Lisboa 26.755 votos, mais três do que a CDU, confirmando a distribuição de mandatos de dois vereados para o CHEGA e um para a coligação, segundo a assembleia de apuramento geral.
O presidente do CHEGA, André Ventura, considerou hoje que a Europa e o mundo "orientam-se para a direita" e defendeu que os partidos da sua família política são os "baluartes da defesa da liberdade".
O projeto de lei do CHEGA que pretende proibir a ocultação do rosto em espaços públicos foi aprovado hoje no Parlamento.
O deputado Rui Cristina foi eleito, no último domingo, Presidente da Câmara Municipal de Albufeira pelo CHEGA. A sua eleição marca uma mudança importante na política local que era dominada, há décadas, por outras forças políticas. Rui Cristina renunciará ao mandato de deputado e tomará posse como presidente da câmara nas próximas semanas, assumindo o compromisso de uma gestão próxima da população, com foco na segurança, no turismo e na valorização da identidade local.
André Ventura assume candidatura presidencial como missão e critica imigração descontrolada e sobrecarga no SNS, defendendo que só o CHEGA pode "pôr ordem no país".