“Passos Coelho explicou a Montenegro como é que devia fazer no PSD”

O presidente do CHEGA considerou hoje que o antigo primeiro-ministro Pedro Passos Coelho mostrou ao líder do PSD o discurso que Luís Montenegro devia fazer desde que lidera o partido.

© Folha Nacional

“Em 20 minutos, Passos Coelho explicou a Montenegro como é que há dois anos devia fazer no PSD”, afirmou André Ventura.

O presidente do CHEGA falava aos jornalistas à chegada a um jantar/comício em Sever do Vouga (distrito de Aveiro), quando foi questionado sobre a presença do antigo presidente do PSD e primeiro-ministro Pedro Passos Coelho na campanha da Aliança Democrática (coligação PSD/CDS-PP/PPM).

André Ventura considerou que Passos “foi a um comício da AD em Faro no fundo dizer a Montenegro o que ele devia fazer todos os dias, na imigração é preciso regulá-la, a escola não pode ser inundada com ideologia de género nem se pode, pela goela abaixo das crianças, dizer-lhes quem devem ser”.

O líder do CHEGA disse que estas “são ideias defendidas” pelo seu partido mas que “deviam ser defendidas por toda a direita”.

“Acho que Passos Coelho foi à AD dizer o óbvio, que o único caminho que a direita tem é este”, afirmou, defendendo que “esteve bem” no seu discurso.

Assinalando que o antigo primeiro-ministro social-democrata “consegue ainda pôr o tema da estabilidade governativa”, André Ventura considerou que “se Montenegro não perceber a lição, não percebeu anda do que anda aqui a fazer”.

“O que Passos Coelho disse é o óbvio, é à direita cabe dar estabilidade governativa, e Montenegro não parece perceber isso, e é preciso Passos Coelho ir lá”, afirmou, sugerindo que “Se calhar Passos Coelho ainda vai ter que ir no último dia de campanha dizer outra vez o mesmo”.

Questionado se a presença do antigo primeiro-ministro na campanha o preocupa, o líder do CHEGA disse que não, indicou que a sua “única esperança é vencer as eleições no dia 10 de março”, e depois dirigiu-se diretamente ao seu opositor.

“Luís Montenegro, se me estiveres a ouvir, chama o Passos Coelho mais vezes que é para ele te explicar como é que deves fazer, que é o mesmo que nós vamos fazer hoje aqui dentro”, desafiou.

Na ocasião, o presidente do CHEGA foi também questionado sobre a sua ausência no debate das rádios esta manhã.

André Ventura não teve agenda de manhã, enquanto decorria o debate, e esteve presente num pequeno comício à hora de almoço, em Aveiro, onde discursou por volta das 15:00.

À chegada ao comício da noite, o líder do CHEGA justificou a sua ausência com motivos de agenda: “Era preciso fazer uma escolha, ou íamos ao debate das rádios ou conseguíamos fazer todos os distritos”.

Ventura disse que o partido discordou da realização do debate já durante o período oficial de campanha para as eleições legislativas de 10 de março e indicou que optou por estar junto dos seus apoiantes.

“Mesmo assim, nós contactámos a rádio para poder fazer à distância e entendeu-se que não se devia poder fazer”, afirmou, defendendo que “era perfeitamente possível tê-lo feito”.

Últimas de Política Nacional

André Ventura deixou um recado direto ao país: Portugal deve condenar a Rússia, mas não enviará jovens portugueses para morrer na Ucrânia. O candidato presidencial exige clareza dos líderes políticos e garante que, se for eleito, evitará qualquer participação militar portuguesa no conflito.
O debate presidencial entre André Ventura e António José Seguro foi o mais visto da semana, superando largamente todos os restantes. No extremo oposto, o duelo entre Gouveia e Melo e João Cotrim de Figueiredo ficou no fundo da tabela, com a pior audiência registada.
André Ventura, presidente do CHEGA, marcou as comemorações do 25 de Novembro, defendendo o legado dos militares que travaram a deriva extremista e reafirmando que Portugal deve celebrar quem garantiu a liberdade e não quem tentou destruí-la.
O antigo Presidente da República Ramalho Eanes considerou hoje “historicamente oportuna a decisão política e militar de rememorar o 25 de Novembro”, salientando que não se trata de celebrar a data mas dignificar a instituição militar e a nação.
O vereador do CHEGA na Câmara de Braga, Filipe Aguiar, pediu hoje uma "atuação firme" do município perante denúncias que apontam para a passagem de cerca de meia centena de atestados de residência para um T3 na cidade.
O líder parlamentar do CHEGA, Pedro Pinto, anunciou hoje que o seu partido vai votar contra a proposta de Orçamento do Estado para 2026 na votação final global, agendada para quinta-feira.
O CHEGA voltou a bater de frente com o Governo após o novo chumbo ao aumento das pensões. O partido acusa o Executivo de “asfixiar quem trabalhou uma vida inteira” enquanto se refugia na “desculpa eterna do défice”.
O Ministério Público instaurou um inquérito depois de uma denúncia para um “aumento inexplicável” do número de eleitores inscritos na Freguesia de Guiães, em Vila Real, que passou de 576 inscritos nas legislativas para 660 nas autárquicas.
A Procuradoria-Geral da República (PGR) reconheceu hoje que foram identificadas sete escutas em que o ex-primeiro-ministro era interveniente e que não foram comunicadas ao Supremo Tribunal de Justiça "por razões técnicas diversas".
Com uma carreira dedicada à medicina e ao Serviço Nacional de Saúde, o Prof. Horácio Costa traz agora a sua experiência para a política. Médico desde 1978, especialista em Cirurgia Plástica Reconstrutiva e Estética, fundador do único serviço europeu com três acreditações EBOPRAS e professor catedrático, Costa assume o papel de ministro-sombra da Saúde pelo CHEGA com a mesma dedicação que sempre marcou a sua carreira. Nesta entrevista ao Folha Nacional, o Prof. Horácio Costa fala sobre os principais desafios do SNS, a falta de profissionais de saúde, a reorganização das urgências e a valorização dos trabalhadores.