“Eu só dei uma indicação, para se votar e viabilizar este nome”, disse André Ventura.
O líder do CHEGA falava aos jornalistas no parlamento, após o deputado José Pedro Aguiar-Branco ter falhado a eleição para presidente da Assembleia da República.
Ventura escusou-se a aceitar que a sua bancada tenha votado contra o nome indicado pelo PSD, ressalvando que o voto é secreto, mas reconheceu não ter inquirido os seus deputados sobre o seu sentido de voto.
André Ventura salientou, no entanto, que “dirigentes e responsáveis” da Aliança Democrática (AD) “apressaram-se falsamente a desmentir”, durante esta manhã, o acordo por si anunciado na segunda-feira com vista à eleição de Aguiar-Branco e de um vice-presidente da mesa do parlamento do CHEGA.
Ventura apontou especificamente o caso do líder do CDS-PP, Nuno Melo, a “dizer que não houve nenhum acordo com o CHEGA, que não precisavam desse acordo e que o Chega era, portanto, dispensável”.
“Ouvi hoje as declarações de Nuno Melo, penso que passaram em vários sítios, inclusivamente nas várias televisões”, afirmou, quando instado a especificar onde e quando foram proferidas.
André Ventura disse esperar que “haja um repensar da estratégia” por parte do PSD e indicou que o CHEGA “está aberto a esse entendimento”.
“Se assim for, cá estaremos, se nos quiserem simplesmente humilhar e espezinhar não estaremos disponíveis”, indicou.
Questionado se o CHEGA poderá viabilizar o nome proposto pelo PSD numa nova votação, o líder disse que “se ontem tinha havido um entendimento, hoje pode haver também, basta haver boa vontade do PSD”.