O SIM adianta, num comunicado enviado à agência Lusa, ter conhecimento de que várias Unidades Locais de Saúde (ULS) “continuam sem pagar corretamente aos médicos”, adiantando que desde janeiro tem vindo a alertar “repetidamente para as irregularidades”.
Segundo a estrutura sindical, a situação agravou-se neste mês de abril com, entre outras situações, “o não pagamento do salário base conforme o acordo salarial com o SIM”, “o não pagamento dos incentivos às novas USF [Unidades de Saúde Familiar] modelo B, previstos na Lei”.
O sindicato denunciou ainda a falta de pagamento do suplemento de dedicação plena mesmo após a adesão a este regime, a “redução muito significativa” dos vencimentos dos médicos que trabalhavam em modelo B antes de janeiro de 2024 e “manobras dilatórias burocráticas das ULS para tentar impedir a adesão dos médicos à dedicação plena”.
“Passados seis meses do acordo com o SIM, da publicação do alargamento do modelo organizacional das Unidades Locais de Saúde (ULS), da generalização das USF Modelo B, da aprovação da dedicação plena, o SIM considera que esta situação é intolerável e defrauda as legítimas expectativas dos médicos”.
O SIM lamenta que “os médicos sejam reiteradamente tratados de forma diferente conforme o seu local de trabalho”, sublinhando que “se umas (poucas) ULS conseguem pagar, todas deveriam conseguir”.
Como tal, exige “o cumprimento da lei e a correta remuneração dos médicos já”.