“Aconselhamos o Governo a não precipitar a votação do IRS”, diz Ventura

O presidente do CHEGA, André Ventura, apelou hoje a PSD e CDS-PP que não precipitem a votação dos diplomas do IRS na Comissão de Orçamento e Finanças, considerando ainda ser "possível chegar a um consenso".

© Folha Nacional

“Entendemos que não estão ainda reunidas as condições políticas para se fechar este processo do alívio fiscal que o Governo iniciou. Aconselhamos o Governo a não precipitar a votação do IRS na Comissão de Orçamento e Finanças para garantir que é possível chegar a um consenso”, defendeu.

O líder do CHEGA falava aos jornalistas em conferência de imprensa na sede do partido, em Lisboa.

André Ventura disse que “nos últimos dias têm-se multiplicado alguns contactos em matéria da aprovação do novo regime do IRS” e apontou que “depende mais do Governo” do que do seu partido conseguir chegar a um consenso.

“Um consenso ainda é possível em matéria de alívio fiscal, mas depende de o Governo ser capaz de mudar aquilo que há muito tempo deveria ter feito, tem de ser a classe média a mais beneficiada deste alívio fiscal. Se assim for, poderão certamente contar connosco. Se assim não for, não contarão certamente connosco e a Comissão de Orçamento e Finanças e o parlamento voltará a corrigir o Governo, assim tenha de o fazer na próxima votação”, alertou.

O líder do CHEGA manifestou disponibilidade “para encontrar soluções, mas não as soluções que vão dar mais aos mais ricos e que vão tirar a quem ganhe menos e à classe média”.

“Se o Governo estiver para isso disponível, cá estaremos para trabalhar, se insistir obsessiva e arrogantemente em estabelecer prazos, em fechar metas e em fechar diálogo, certamente que da nossa parte isso não irá acontecer”, indicou.

Mais tarde, em declarações aos jornalistas no parlamento, PSD e CDS-PP desafiaram PS e CHEGA a clarificarem já na quarta-feira posições sobre a descida do IRS e permitirem uma descida já “em julho ou agosto”, deixando os “jogos partidários”.

Os líderes parlamentares dos dois partidos que apoiam o Governo, Hugo Soares (PSD) e Paulo Núncio (CDS-PP), apresentaram um texto de substituição à proposta do executivo – que baixou à especialidade sem votação – e que querem ver admitido na quarta-feira na Comissão de Orçamento e Finanças e votado em plenário na sexta-feira, na generalidade, especialidade e votação final global.

Hugo Soares defendeu que PSD e CDS-PP já foram “ao máximo do que podiam ir”, dizendo que os dois partidos acolheram cinco propostas dos restantes grupos parlamentares.

Últimas de Política Nacional

O líder do CHEGA afirmou hoje que Gouveia e Melo protagoniza cada vez mais as causas do PS, sobretudo por ter Mário Soares como modelo presidencial, e apostou que o ex-primeiro-ministro António Costa vai votar no almirante.
O CHEGA obteve em Lisboa 26.755 votos, mais três do que a CDU, confirmando a distribuição de mandatos de dois vereados para o CHEGA e um para a coligação, segundo a assembleia de apuramento geral.
O presidente do CHEGA, André Ventura, considerou hoje que a Europa e o mundo "orientam-se para a direita" e defendeu que os partidos da sua família política são os "baluartes da defesa da liberdade".
O projeto de lei do CHEGA que pretende proibir a ocultação do rosto em espaços públicos foi aprovado hoje no Parlamento.
O deputado Rui Cristina foi eleito, no último domingo, Presidente da Câmara Municipal de Albufeira pelo CHEGA. A sua eleição marca uma mudança importante na política local que era dominada, há décadas, por outras forças políticas. Rui Cristina renunciará ao mandato de deputado e tomará posse como presidente da câmara nas próximas semanas, assumindo o compromisso de uma gestão próxima da população, com foco na segurança, no turismo e na valorização da identidade local.
André Ventura assume candidatura presidencial como missão e critica imigração descontrolada e sobrecarga no SNS, defendendo que só o CHEGA pode "pôr ordem no país".
Os deputados da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar as responsabilidades políticas e de gestão do INEM decidiram hoje ouvir dois familiares das vítimas mortais associadas a atrasos no atendimento durante a greve do ano passado.
O presidente do CHEGA, André Ventura, considerou hoje que o Presidente da República quer atrasar a entrada em vigor da Lei de Estrangeiros por não concordar com as alterações a esta legislação.
O presidente do CHEGA, André Ventura, acusou hoje o PS de ser um “partido vendido”, depois de os socialistas anunciarem que irão abster-se na votação da proposta de Orçamento do Estado para 2026 e assim permitir a sua aprovação.
O Governo desconhece, não utiliza e não sabe onde está a aplicação 'Tagline' — uma plataforma de comunicação interna financiada com verbas do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), que custou 1,6 milhões de euros.