Mais de 75.000 crimes de violência doméstica registados pela PSP em quatro anos

Mais de 75.000 crimes de violência doméstica foram registados em quatro anos pela PSP, que propôs quase 60.000 medidas de coação a agressores e sinalizou cerca de 46.000 crianças junto das comissões de proteção.

© D.R.

Dados divulgados por ocasião do Dia Internacional para a Eliminação da Violência Contra as Mulheres, que hoje se assinala, a Polícia de Segurança Pública contabiliza 75.380 ocorrências de violência doméstica entre 2019 e 2023, um crime que tem vindo a aumentar.

A PSP avança que, naquele período, efetuou 322.528 contactos pós-vitimação, elaborou 171.275 planos de segurança para vítimas, reforçou 73.230 patrulhamentos junto de residências ou locais de trabalho das vítimas, propôs 59.855 medidas de coação a agressores e fez 46.012 sinalizações às Comissões de Proteção de Crianças e Jovens.

Aquela polícia indica também que, em 2023, registou 15.499 denúncias de violência doméstica, e fez 971 detenções, 612 das quais em flagrante delito e 359 fora de flagrante delito.

No primeiro semestre deste ano, a PSP registou 7.706 queixas pelo crime de violência doméstica, um aumento de 1,8% em relação ao período homólogo de 2023.

Desde 04 de novembro está a decorrer o sétimo curso de especialização em violência doméstica na PSP, com o objetivo de reforçar a proteção “destas vítimas especialmente vulneráveis e ainda capacitar os polícias com ferramentas para uma resposta cada vez mais especializada”, indica a PSP.

Após o encerramento do curso, a PSP passa a contar, a partir de 29 de novembro, com mais 292 polícias especializados no atendimento e acompanhamento destas vítimas.

A PSP apela ainda à denúncia de qualquer tipo de violência, tanto na qualidade de vítima como de testemunha, e salienta que “quanto mais precoce for esta denúncia mais célere será a resposta no sentido de proteger e zelar pela segurança das vítimas”.

Estas denúncias podem ocorrer de forma presencial em qualquer esquadra ou através de violenciadomestica@psp.pt.

Últimas do País

No último dia de votações na especialidade do Orçamento do Estado para 2026, a proposta do CHEGA foi aprovada com votos a favor do PSD e CDS-PP, votos contra de PS, PCP, BE, Livre e PAN e abstenção da IL.
O parlamento aprovou hoje duas propostas de alteração do CHEGA sobre a construção de autoestradas, em Coimbra e Castelo Branco, bem como uma iniciativa para o lançamento da obra do IC6 em Seia.
A Associação Nacional de Escolas de Condução Automóvel (ANIECA) alertou esta quarta-feira para a escalada de fraudes nos exames práticos e teóricos de condução, com recurso a equipamentos escondidos ou até "duplos", e exigiu medidas imediatas para travar a escalada.
Portugal prepara-se para entrar no grupo dos países com as leis da nacionalidade mais duras de toda a União Europeia. Se as alterações aprovadas no Parlamento, e agora sob escrutínio do Tribunal Constitucional, avançarem, será mais fácil tornar-se francês, alemão, belga ou sueco do que obter o cartão de cidadão português.
Os 10 detidos na operação 'Renascer', que apreendeu mais de sete toneladas de droga em duas embarcações de pesca no Atlântico, ficaram em prisão preventiva, adiantou hoje o Ministério Público (MP).
Entre 2010 e 2025, a Polícia Judiciária (PJ) contabilizou 66 crianças assassinadas, incluindo 26 recém-nascidos, apontando um estudo em curso para verificar se estes últimos casos têm como fatores comuns a ocultação da gravidez e a ausência do pai.
O nível de alerta no Sistema Vulcânico Fissural Oeste da Terceira subiu para V3 (fase de reativação), o mesmo grau atribuído ao vulcão de Santa Bárbara, revelou esta quarta-feira o Instituto de Vulcanologia da Universidade dos Açores.
Portugal conquistou três medalhas de ouro, duas de prata e uma de bronze nos Jogos Surdolímpicos, que hoje encerraram no Japão, na edição mais profícua de sempre, com destaque para Margarida Silva, André Soares e Joana Santos.
A reduzida autonomia dos Centros de Investigação Clínica e a falta de tempo nos planos curriculares das faculdades de medicina para integrar competências tecnológicas são os maiores desafios à inovação na saúde, conclui um relatório hoje divulgado.
A Comissão de Combate a Fraude no Serviço Nacional de Saúde será presidida por um magistrado e terá elementos permanentes da Polícia Judiciária, da Inspeção Geral da Saúde e das Finanças e do Infarmed, segundo a resolução hoje publicada.