PGR admite que inquérito do Tutti Frutti demorou “muito tempo”

O procurador-geral da República (PGR) admitiu hoje que o inquérito do processo Tutti Frutti demorou "muito tempo" a ser concluído, ressalvando que a investigação acelerou depois de ter sido criada, em 2023, uma equipa especial para o caso.

© LUSA/ANTÓNIO PEDRO SANTOS

“Oito anos é muito tempo, é verdade. Mas nós queremos que esses prazos acabem”, afirmou Amadeu Guerra, à saída de uma reunião de trabalho com magistrados do Supremo Tribunal Administrativo e do Tribunal Central Administrativo Sul, em Lisboa.

O PGR sustentou, ainda assim, que, após “uma fase inicial em que a Polícia Judiciária não tinha os meios que tem hoje”, o “processo andou de forma muito rápida” a partir do momento em que a sua antecessora, Lucília Gago, constituiu em 2023 uma equipa especial com procuradores e elementos daquele órgão de investigação criminal.

“Aí não há nada a dizer relativamente à Polícia Judiciária, antes pelo contrário. Fizeram um trabalho muito meritório e que contribuiu exatamente para conseguirmos em dois anos recuperar o tempo possível”, frisou.

O Ministério Público acusou, a 04 de fevereiro, 60 pessoas de, no global, 463 crimes de corrupção ativa e passiva, prevaricação, tráfico de influência, branqueamento, burla qualificada, falsificação de documento, abuso de poder e recebimento indevido de vantagem.

Entre os arguidos, há deputados na Assembleia da República, presidentes de juntas de freguesia em Lisboa e vereadores na capital do PSD e do PS, suspeitos de adjudicações a empresas como contrapartida, sobretudo, à concessão de apoio político local.

Alguns dos acusados suspenderam ou renunciaram entretanto aos mandatos.

Últimas do País

A GNR identificou, em nove dias, mais de 560 condutores, e desses deteve mais de 320, por conduzirem com excesso de álcool, no âmbito da sua operação de Natal e Ano Novo, foi hoje divulgado.
O presépio da Associação Cultural e Recreativa Os Palheiros, em Ílhavo, no distrito de Aveiro, ficou sem iluminação durante a noite em consequência do furto das luzes e da respetiva extensão elétrica. Os dois furtos representam um prejuízo superior a 600 euros para a associação.
Duas pessoas foram realojadas no concelho de Ponta Delgada, na ilha de São Miguel, na sequência de danos no telhado de uma habitação, devido ao mau tempo, nos Açores, que já provocou 11 ocorrências, adiantou a Proteção Civil.
Os doentes classificados como urgentes no hospital Amadora-Sintra enfrentaram hoje tempos de espera de mais de 12 horas para a primeira observação nas urgências gerais, segundo dados do portal do Serviço Nacional de Saúde (SNS).
O tempo médio de espera nas urgências hospitalares é hoje de quase três horas para doentes urgentes e de 49 minutos para casos muito urgentes, de acordo com informação do Serviço Nacional de Saúde (SNS).
A PSP registou, em 24 horas, 106 acidentes, dos quais resultaram dois feridos graves e 38 ligeiros, no âmbito da segunda fase da Operação Polícia Sempre Presente – Festas em Segurança, foi hoje divulgado.
A operação de Natal da PSP e GNR registou 15 vítimas mortais e 1.444 feridos, dos quais 89 em estado grave, na sequência de 4.847 acidentes de viação ocorridos entre 18 e 26 de dezembro.
Os distritos de Guarda e Castelo Branco vão estar sob aviso amarelo durante a noite devido à queda de neve, enquanto Faro tem o mesmo alerta para a tarde de hoje, mas devido à previsão de forte precipitação.
A Urgência Pediátrica do hospital de Évora está hoje a funcionar com equipa incompleta, o que pode provocar "tempos de espera mais elevados" para doentes sem referenciação, divulgou a Unidade Local de Saúde do Alentejo Central (ULSAC).
Cerca de 6.200 vítimas de violência doméstica têm atualmente teleassistência, conhecida como 'botão de pânico', indicou a Direção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais (DGRSP), que em 2026 assume a responsabilidade plena pelo sistema.