Presidente da República dá posse a seis novos secretários de Estado

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, dá hoje posse a seis novos secretários de Estado, na primeira remodelação do XXIV Governo Constitucional que não altera qualquer ministro.

© Presidência da República

A posse dos novos membros do Governo está marcada para as 17:30, no Palácio de Belém, depois de terem sido divulgadas na página da Presidência da República na quarta-feira à noite as alterações à composição do executivo PSD/CDS-PP liderado por Luís Montenegro.

Nessa nota, Marcelo Rebelo de Sousa informa que deu o seu acordo à proposta do primeiro-ministro, que, por sua vez, expressou em comunicado emitido pelo seu gabinete “público reconhecimento e gratidão aos secretários de Estado” cessantes.

“Foram inexcedíveis na dedicação e empenho na concretização do Programa do Governo. Muito obrigado a todos”, refere Luís Montenegro.

Esta remodelação foi desencadeada com a demissão, a 28 de janeiro, do secretário de Estado da Administração Local e Ordenamento do Território, Hernâni Dias, depois de ter sido noticiado pela RTP que criou duas empresas imobiliárias já enquanto governante, responsável pelo recém-publicado decreto que altera o Regime Jurídico dos Instrumentos de Gestão Territorial, a polémica lei dos solos.

Luís Montenegro aproveitou para substituir outros cinco secretários de Estado, mexendo em seis Ministérios: Coesão Territorial, Educação, Trabalho, Ambiente, Juventude e Cultura.

Tomam hoje posse Silvério Regalado como secretário de Estado da Administração Local e Ordenamento do Território, substituindo Hernâni Dias; Maria Luísa Oliveira como secretária de Estado da Administração e Inovação Educativa, entrando para o lugar de Pedro Cunha; Filipa Lima como secretária de Estado da Segurança Social, substituindo Jorge Campino; Jean Barroca como secretário de Estado da Energia para o lugar de Maria João Pereira; Carla Rodrigues como secretária de Estado Adjunta e da Igualdade, saindo Carla Mouro; e Alberto Santos como secretário de Estado da Cultura, sendo exonerada Maria de Lurdes Craveiro.

A primeira remodelação do XXIV Governo Constitucional acontece mais de dez meses após a sua posse, a 02 de abril do ano passado, com a substituição de seis secretários de Estado, mas sem mudança de qualquer ministro.

No total, o Governo liderado por Luís Montenegro mantém-se com 59 membros (17 ministros e 41 secretários de Estado).

Com esta remodelação, mantém-se igualmente o mesmo número de mulheres e homens nas secretarias de Estado – 17 e 24, respetivamente.

Últimas de Política Nacional

O presidente da Associação Nacional de Freguesias (Anafre), Jorge Veloso, disse hoje estar perplexo e chocado com a decisão do Presidente da República de vetar a desagregação de freguesias, considerando que prejudica autarcas e populações.
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, dá hoje posse a seis novos secretários de Estado, na primeira remodelação do XXIV Governo Constitucional que não altera qualquer ministro.
O Presidente da República sugeriu hoje que se espere para ver como funciona a Direção Executiva do SNS, dirigida por Álvaro Almeida, com a atual ministra da Saúde, Ana Paula Martins, antes de se fazer mudanças.
O Governo "não acredita" nos prazos, no valor e no aumento das taxas propostos pela ANA e propôs um memorando de entendimento entre as duas partes, para negociar estas questões, afirmou hoje no parlamento o ministro das Infraestruturas.
A Provedora de Justiça defendeu hoje no parlamento a necessidade de um relatório anual com dados sobre corrupção “para que nem tudo seja um mundo de informações difusas, de perceção e pouco fundamentadas”.
Um vereador na Câmara de Valongo foi hoje constituído arguido na sequência das buscas da Polícia Judiciária (PJ) por suspeitas de corrupção no licenciamento de um restaurante da cadeia McDonald`s naquele concelho do distrito do Porto.
O antigo primeiro-ministro Pedro Passos Coelho disse hoje em tribunal que, em maio de 2014, sugeriu ao então banqueiro Ricardo Salgado que negociasse com os credores do Grupo Espírito Santo (GES) uma "falência ordenada" desta entidade.
Portugal caiu nove lugares no Índice de Perceção da Corrupção 2024 e obteve o seu pior resultado de sempre, “particularmente impulsionado pela perceção de abuso de cargos públicos para benefícios privados”, em casos como a ‘Operação Influencer’.
O CHEGA vai propor a constituição de uma "subcomissão de integridade e ética" na Assembleia da República que possa afastar deputados quando forem suspeitos de algum crime, ainda antes de serem condenados pela Justiça.
Entre 2017 e 2023, cerca de 200 nomes de políticos e detentores de cargos públicos em Portugal tornaram-se mediáticos face a casos em que foram constituídos arguidos ou acusados, sendo que é entre o Partido Socialista (PS) e o Partido Social-Democrata (PSD), partidos que têm alternado no poder nos últimos 50 anos, que há mais crimes.