CHEGA tem “tolerância zero” a “corruptos que PS e PSD premeiam”

O líder do CHEGA, André Ventura, acusou hoje o PS e o PSD de "hipocrisia" e de premiarem "quem é corrupto", defendendo que o CHEGA é o único partido com "tolerância zero" face à corrupção, "comprometido com a ética e o interesse público".

© LUSA/ANTÓNIO COTRIM

Num evento na sede distrital do partido, na apresentação da lista dos candidatos pelo círculo de Santarém para as legislativas de 18 de maio, Ventura afirmou que as listas do CHEGA, ao contrário das do PS e PSD, são “absolutamente intolerantes face à corrupção”

O líder do CHEGA criticou o programa eleitoral do PS, destacando a proposta de IVA zero no cabaz alimentar, medida que o CHEGA tentou aprovar em 2023, mas que na altura foi rejeitada pelos socialistas.

“O que é que mudou de há um ano e seis meses para agora? Nada. Só se mantém uma coisa: é a falta de vergonha na cara do Partido Socialista nestas eleições”, afirmou.

Ventura criticou também medidas recentemente anunciadas pelo PS, como a atribuição de 500 euros às crianças e o fim de algumas portagens alegando que durante oito anos de governação socialista estas medidas nunca foram colocadas em prática.

“Não podemos pensar que a alternativa ao PSD tem que ser o PS. Porque quem governou durante oito anos e não fez nada daquilo que está a prometer fazer agora, temos que ter a devida suspeita que só o está a fazer por puro eleitoralismo”, afirmou.

Relativamente ao atual executivo da Aliança Democrática, o líder do CHEGA afirmou que este “não governou bem” e deixou duras críticas à conduta do primeiro-ministro, referindo que tem explicações a dar sobre o seu património.

“Temos um primeiro-ministro que enriqueceu miraculosamente. Constrói palácios e compra casas. O problema é que um político tem deveres acrescidos sobre os restantes cidadãos e tem que explicar como é que o património que lhe vem do exercício da atividade pública permite aquele tipo de coisas”, afirmou, considerando que “ou queremos ser primeiro-ministro a tempo inteiro ou somos primeiro-ministro a part-time”.

O Presidente do CHEGA apelou à mobilização do eleitorado de Santarém, lembrando que, nas últimas legislativas, o partido alcançou na região um resultado “surpreendente”, o que justifica agora a ambição de vencer no distrito nas eleições de 18 de maio.

“As sondagens que temos indicam que estamos a disputar com a AD a vitória em Santarém. Uma vitória aqui teria um impacto expressivo a nível nacional”, defendeu Ventura, referindo que este distrito tem “um papel central” na consolidação do partido a nível nacional.

A lista pelo círculo eleitoral de Santarém, liderada pelo deputado Pedro Correia, inclui ainda nomes como José Dotti (presidente da distrital do CHEGA), Catarina Salgueiro (candidata do CHEGA à Câmara de Almeirim) e Frederico Antunes (deputado do Chega em Oeiras).

Segundo o presidente da distrital, José Dotti, o objetivo do partido é ganhar o distrito de Santarém, relembrado que nas eleições de 2024 o CHEGA conseguiu vencer em Salvaterra de Magos e em Benavente.

“Temos como objetivo ganhar o distrito de Santarém. Se olharmos para os resultados das legislativas de 2022 e 2024, é algo que nós devemos aceitar como um objetivo e um desafio que está ao nosso alcance”, afirmou.

Últimas de Política Nacional

O Grupo Parlamentar do CHEGA apresentou uma proposta de alteração ao Orçamento do Estado para 2026 que prevê uma isenção alargada do Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) para habitação própria e permanente, introduzindo novas condições de acesso ao benefício fiscal
O CHEGA reiterou a sua oposição a qualquer aumento nos impostos sobre os combustíveis, defendendo que o Governo deve garantir que os preços não sobem e propondo a eliminação do adicional do Imposto sobre os Produtos Petrolíferos (ISP).
André Ventura reuniu, em apenas cinco horas, as 7.500 assinaturas necessárias para formalizar a sua candidatura à Presidência da República.
O Tenente-Coronel Tinoco de Faria anunciou que decidiu retirar-se da corrida às eleições presidenciais, declarando o seu apoio a André Ventura, numa decisão que descreveu como tomada “em defesa dos valores da Nação”.
“Pode aparecer um maluco...”, foi o que um ativista cigano declarou em entrevista ao Diário de Notícias, referindo-se ao candidato presidencial André Ventura. A menos de três semanas das presidenciais, o caso agrava o clima de tensão em torno da candidatura do líder do CHEGA.
O deputado do CHEGA, Francisco Gomes, afirmou, em audição parlamentar no âmbito da discussão do Orçamento do Estado para 2026, que “já existem três organizações terroristas a operar em Portugal”, exigindo explicações ao Governo sobre o alegado funcionamento dessas células no território nacional.
Candidato presidencial reage à abertura de um inquérito por causa dos cartazes da sua campanha. Ventura fala em ataque à liberdade de expressão e garante que não vai retirar a mensagem: “Cumpro a lei, mas não abdico das minhas convicções.”
Decisão de Marco Almeida causa polémica logo na primeira reunião do novo executivo. Autarquia defende legalidade e fala em mérito profissional, mas a nomeação do companheiro de uma vereadora para liderar os SMAS de Sintra levanta críticas e acusações de favorecimento.
A Câmara da Nazaré confirmou a realização de buscas nesta autarquia, mas o antigo presidente, Walter Chicharro, esclareceu que se limitou ao licenciamento urbanístico das vivendas investigadas pela PJ que são propriedade do Estado.
O CHEGA considera que o aumento das pensões deve ser um "desígnio histórico" e propõe, no âmbito do Orçamento do Estado para o próximo ano, uma subida de 1,5%, além do que está previsto por lei.