Israel volta a emitir avisos de evacuação para Gaza

O Exército israelita emitiu hoje avisos no nordeste da Cidade de Gaza, no norte do enclave palestiniano, justificando com "atividade terrorista" na área, onde milícias locais também relataram confrontos.

©Facebook Israel Reports

“A todos aqueles que se encontram nas áreas de al-Turukman, Jaidda e a nordeste de Zeitun: Este é um alerta prévio de um ataque devido à atividade terrorista que ocorre na área e contra as nossas tropas”, refere o aviso em árabe divulgado por um porta-voz das Forças de Defesa de Israel.

O Exército indicou à população que se deve dirigir para oeste da Cidade de Gaza para evitar os ataques iminentes.

Na tarde de hoje, a Jihad Islâmica Palestiniana informou que atingiu veículos israelitas com morteiros na colina al-Muntar, a leste da cidade.

Mais a norte, na cidade de Beit Hanoun, as Brigadas al-Qassam, o braço armado do grupo islamita Hamas, relataram por seu lado que mataram um soldado israelita e feriram outros quatro na quinta-feira, na Cidade de Gaza.

Ao início da manhã, as forças armadas anunciaram a morte do reservista Asaf Cafri, de 26 anos, em combate, embora não tenham especificado se se tratou do mesmo caso.

Na quinta-feira, o Exército israelita já tinha emitido um aviso de evacuação em Beit Hanoun e Sheikh Zayed, no norte da Faixa de Gaza, pedindo aos habitantes que se retirassem antes de atacar estas áreas.

Segundo as autoridades locais controladas pelo Hamas, pelo menos 78 pessoas foram mortas nesse dia em ataques israelitas na Faixa de Gaza, enquanto as equipas de resgate recuperaram mais seis corpos dos escombros em várias partes do enclave.

Os ataques prosseguiram hoje no norte e centro do território e também na parte costeira, que concentra numerosos deslocados.

Entre as 40 pessoas mortas hoje por ataques israelitas, segundo a Defesa Civil, estava uma família de cinco pessoas — uma mulher grávida, o seu marido e os seus três filhos — cuja tenda foi bombardeada perto de Khan Yunis no sul do território.

A agência da ONU para os refugiados na Palestina (UNRWA) estimou que quase meio milhão de pessoas foram deslocadas pelas operações das forças israelitas desde que quebraram o cessar-fogo com o Hamas, em 18 de março, provocando acima de dois mil mortos, segundo as autoridades locais.

O Programa Alimentar Mundial (PAM) anunciou hoje que “esgotou todos os seus ‘stocks'” na Faixa de Gaza, onde Israel está a bloquear desde o início de março a entrada da ajuda humanitária e a prosseguir com os seus bombardeamentos constantes.

“A situação é a mesma para os fornecimentos médicos. Estão a esgotar-se”, alertou posteriormente o diretor-geral da Organização Mundial de Saúde, Tedros Adhanom Ghebreyesus, na rede X, insistindo que “vidas dependem disso” e que o bloqueio israelita “tem de acabar”.

Israel anunciou uma ofensiva em grande escala na Faixa de Gaza se os reféns ainda em posse do Hamas não forem libertados, disse o chefe do Estado-Maior do Exército, Eyal Zamir, na quinta-feira, durante uma visita ao território.

O conflito foi desencadeado pelos ataques liderados pelo grupo islamita palestiniano em 07 de outubro de 2023 no sul de Israel, onde fez cerca de 1.200 mortos, na maioria civis, e 250 reféns.

Em retaliação, Israel lançou uma operação militar na Faixa de Gaza, que já provocou mais de 51 mil mortos, segundo as autoridades locais, na maioria mulheres e crianças, e deixou o território destruído e a quase totalidade da população deslocada.

As partes mantêm canais de negociação com os mediadores internacionais — Egito, Qatar e Estados Unidos — para uma nova suspensão das hostilidades e libertação dos reféns ainda em posse do Hamas, mas não chegaram a acordo.

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