Ventura diz que relação entre Montenegro e clientes da Spinumviva levanta “maiores suspeitas”

O líder do CHEGA defendeu hoje que deve ser rapidamente esclarecida “a real ligação” entre o primeiro-ministro e as empresas que trabalharam com a Spinumviva, considerando que esta relação levanta "as maiores suspeitas".

© Facebook de Luís Montenegro

“Rapidamente temos de ser esclarecidos sobre a real ligação entre o primeiro-ministro e estas empresas, porque não é normal contratos de milhões estarem a ser distribuídos a pessoas com quem temos as maiores proximidades. Isso levanta as maiores suspeitas, sobretudo sobre quem tem de gerir a distribuição do dinheiro”, disse André Ventura, sustentando que “isto é o símbolo da corrupção e da promiscuidade”.

O Presidente do CHEGA falava aos jornalistas na Nazaré, no distrito de Leiria, e reagia à notícia de quarta-feira do Expresso de que o primeiro-ministro entregou uma nova declaração à Entidade para a Transparência, referindo mais empresas com as quais a Spinumviva trabalhou e fê-lo na véspera do debate televisivo com o secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos.

Hoje, o Correio da Manhã e a CNN Portugal referem que duas destas empresas, que já tinham relações com o Estado, conseguiram contratos de milhões de euros já durante o Governo liderado por Luís Montenegro.

Para André Ventura, “isto é da maior gravidade”, tendo em conta que estas entidades “aumentaram significativamente em alguns casos a relação com o Estado quando Luís Montenegro já era primeiro-ministro”.

“Temos um primeiro-ministro que tem uma empresa, porque a empresa é dele, que está a receber dinheiro de certas empresas, que por sua vez estão a receber dinheiro do Estado. Isto levanta as maiores suspeitas, a maior ideia de promiscuidade e de conluio”, frisou, considerando que “o país já está cansado”.

O Presidente do CHEGA afirmou que se estava a pagar a um primeiro-ministro que também era empresário e que ganhava “muito mais dinheiro do que primeiro-ministro e estas empresas aparentemente estavam a beneficiar disso”.

André Ventura disse ainda que “isto é gravíssimo e está a atingir outro patamar que não é só o patamar político”.

Últimas de Política Nacional

Alexandra Leitão, ex-cabeça de lista do PS à Câmara de Lisboa e atual vereadora da oposição, contratou como assessora a mulher de Pedro Nuno Santos por uma avença mensal de €3.950 mais IVA, num acordo que pode atingir quase €95 mil em dois anos.
A mais recente sondagem da Pitagórica mostra o partido liderado por André Ventura a disparar para os 22,6%, com a maior subida do mês de dezembro, enquanto a AD perde terreno e o PS estagna.
Há 57 ajustes diretos sob escrutínio do Ministério Público. Os contratos foram aprovados quando Henrique Gouveia e Melo comandava a Marinha e o inquérito continua ativo, apesar do perdão financeiro do Tribunal de Contas.
O candidato presidencial André Ventura afirmou hoje que pretende participar na reunião do Conselho de Estado convocada para dia 09 de janeiro, mas renovou o apelo para que, “em nome da igualdade”, o encontro seja adiado.
O Presidente da República (PR) anunciou hoje a criação de centros de elevado desempenho na área de obstetrícia e ginecologia, esperando que venha a permitir respostas “sistemáticas e rigorosas” e que os “consensos mínimos” em termos laborais sejam uma realidade.
O candidato presidencial e líder do CHEGA, André Ventura, fez hoje um “apelo final” ao Presidente da República para que adie a reunião do Conselho de Estado para a semana seguinte à segunda volta das presidenciais.
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, prometeu hoje a proibição dos maquinistas conduzirem sob o efeito do álcool, estupefacientes ou substâncias psicotrópicas.
O candidato presidencial e líder do CHEGA considerou hoje a mensagem de Natal do primeiro-ministro "pouco feliz e pouco empática" por não falar da situação na saúde, desafiando os seus adversários para um debate sobre o tema.
O conselho diretivo de cada Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) vai passar a ter cinco vice-presidentes indicados pelo Conselho de Ministros, segundo um decreto-lei publicado.
O Presidente da República criticou hoje a demora do parlamento em eleger os conselheiros de Estado, frisando que já espera há seis meses, e disse ter convocado uma reunião do órgão consultivo porque a Ucrânia “é um tema fundamental”.