O Parlamento voltou a ser palco de um clima de hostilidade e troca de insultos, após novas acusações do Partido Socialista dirigidas ao CHEGA, durante o debate da Comissão de Orçamento, Finanças e Administração Pública, realizado esta quarta-feira na Assembleia da República.
Durante a sessão, a deputada socialista Eva Cruzeiro dirigiu-se ao grupo parlamentar do CHEGA afirmando: “Vocês são racistas, xenófobos e mantenho, segundo a nossa Constituição, que não deveriam existir nesta democracia.” A declaração provocou de imediato uma reação veemente por parte do partido liderado por André Ventura.
O líder do grupo parlamentar do CHEGA, Pedro Pinto, protestou veemente, considerando inaceitável o tom utilizado pela deputada socialista. “Estamos num Estado de direito. Fomos votados e estamos aqui porque fomos eleitos pelo povo português. E a senhora presidente da Comissão não pode permitir que esta deputada se dirija desta forma aos nossos representantes. Estamos em Portugal, um Estado de direito, e não no Bangladesh. Fomos todos eleitos pelo povo português e não podemos ser ofendidos desta maneira”, afirmou.
“Nunca houve nenhum líder tão insultado como o do CHEGA”
André Ventura já havia reforçado que o CHEGA tem sido alvo de insultos e ataques recorrentes no Parlamento. “Se há partido que tem sofrido na pele esses ataques, esse partido é o CHEGA. Nunca houve nenhum líder tão insultado como o do CHEGA. E nunca houve nenhum partido tão insultado na Assembleia da República como o CHEGA”, declarou.
Ventura denunciou um clima de “hostilidade e intolerância”, acusando as restantes bancadas parlamentares de tentarem “silenciar” o CHEGA. O partido fala mesmo em “perseguição política” e num “duplo padrão”: quando reage, é criticado; quando é insultado, “nada acontece”.
Apesar das tensões, o líder assegurou que o CHEGA continuará a intervir “sem medo e com firmeza”, considerando que “os ataques apenas provam que o partido incomoda o sistema”.