CHEGA/Convenção: Ventura diz que oposição interna não está porque “não tem força política”

O presidente do CHEGA considerou hoje que se a oposição interna faltar à convenção do partido é porque “não tem força política”, e indicou que não quer perder “nem mais um segundo” com este assunto.

“Não tenham dúvidas, quem não está cá, quem não se candidatou, não é por nenhuma regra de secretaria ou de burocracia, é porque não têm força política neste partido, essa é a verdade que custa ouvir”, afirmou André Ventura, apontando que foram marcadas “eleições para que todos pudessem participar”.

“Abrimos novamente o caminho à democracia neste partido, abrimos o caminho a que aqueles que andavam a dizer há meses, há anos, ‘é preciso um novo caminho, é preciso transformar’. Dissemos ‘então venham a jogo, venham e digam que projeto têm para o CHEGA, candidatem-se a apresentem-se”, defendeu.

O presidente do CHEGA e recandidato à liderança salientou que “o foco é o país” e quis dar o assunto da oposição interna por encerrado, garantindo: “Com quem decide sempre não participar na vida democrática do partido não vamos perder nem mais um segundo”.

“Num momento em que tantos sentem a dificuldade, a crise a que o PS nos trouxe, não só crise de governação, como crise económica, temos de nos voltar para o país. Ninguém compreenderá que no momento difícil, nós estejamos voltados para dentro, entretidos em lutas de bastidores ou em golpes palacianos para derrubar o presidente ou a direção, isso pouco importa para um país que sofre”, salientou.

Sobre o seu futuro à frente do partido, André Ventura referiu que fez 40 anos há uma semana (tendo-lhe sido cantados os parabéns na sala) e garantiu que ainda se sente “com energia e com força para continuar a liderar este partido”.

“E que agora a meio deste caminho incrível que conseguimos, não era nenhum desprendimento ir-me embora, era cobardia política”, defendeu.

No seu discurso na abertura da reunião magna do partido, a quinta em quase quatro anos de vida desta força política, Ventura realçou os resultados do partido durante a sua liderança e destacou que, em quatro anos de vida, tornou-se a terceira maior força política no parlamento e elegeu “centenas de autarcas no país”, além de ele próprio ter conseguido, como candidato nas eleições presidenciais, “um resultado que muito dignificou o partido”.

A V Convenção Nacional do CHEGA decorre até domingo em Santarém para eleição do presidente e dos órgãos nacionais. A reunião magna arrancou na sexta-feira à noite no Centro Nacional de Exposições e Mercados Agrícolas de Santarém (CNEMA) e o primeiro dia de trabalhos terminou já depois da meia-noite e meia.

A reunião magna – a primeira desde que o CHEGA se tornou a terceira força política no parlamento, com a eleição de 12 deputados – foi marcada na sequência do chumbo dos estatutos pelo Tribunal Constitucional, mas o partido decidiu não fazer mais alterações e voltar a adotar os estatutos originais, de 2019.

Últimas de Política Nacional

André Ventura surge destacado num inquérito online realizado pela Intrapolls, uma página dedicada à recolha e análise de inquéritos políticos, no contexto das eleições presidenciais marcadas para 18 de janeiro.
Casas de moradores na Amadora foram indicadas, à sua revelia, como residências de imigrantes, uma fraude testemunhada por pessoas pagas para mentir, existindo casos de habitações certificadas como morada de largas dezenas de pessoas.
André Ventura reagiu esta sexta-feira à polémica que envolve várias escolas do país que optaram por retirar elementos natalícios das fotografias escolares, decisão que tem gerado forte contestação entre pais e encarregados de educação.
Os doentes internados e os presos podem inscrever-se para voto antecipado nas eleições presidenciais de 18 de janeiro a partir de segunda-feira, e o voto antecipado em mobilidade pode ser requerido a partir de 04 de janeiro.
O líder do CHEGA acusou hoje o Governo de incompetência na gestão da saúde e considerou que os utentes não podem ser sujeitos a esperar 18 horas numa urgência, e o primeiro-ministro reconheceu constrangimentos e antecipou que poderão repetir-se.
A Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo (CIMMT) decidiu abrir os cofres e fechar a transparência.
André Ventura reafirmou que pretende usar a Presidência da República como ponto de partida para uma mudança profunda no país.
As escutas da Operação Influencer abalaram o PS, expondo alegadas pressões, favores e redes internas de ‘cunhas’ que colocam Carneiro no centro da polémica e voltam a arrastar Costa para a controvérsia.
O Governo carrega no ISP e trava a fundo na queda que estava prevista no preço dos combustíveis. A promessa estala, a confiança vacila e Montenegro enfrenta a primeira fissura séria na sua credibilidade fiscal.
Catarina Martins voltou a dirigir insultos contundentes a André Ventura, acusando-o de ser “um bully político” que se comporta “como se estivesse no recreio da escola”.