Ministério Público abriu inquérito ao caso dos maus-tratos no lar da Lourinhã

©D.R.

O Ministério Público instaurou um inquérito ao caso do lar de idosos da Lourinhã, depois de terem sido noticiados no domingo relatos de maus-tratos, revelou hoje a Procuradoria-Geral da República (PGR).

A informação da PGR surge um dia depois de a ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Ana Mendes Godinho, ter anunciado uma inspeção urgente ao lar de idosos Delicado Raminho, na Lourinhã.

Também na segunda-feira Ana Mendes Godinho foi questionada pelos jornalistas sobre as informações divulgadas por anteriores funcionários do lar de que recebiam aviso prévio das visitas da Segurança Social, tendo respondido: “Há, naturalmente, visitas regulares e há visitas de fiscalização, e essas nunca são anunciadas, nem devem ser anunciadas, precisamente para detetar situações que sejam sinalizadas”.

Ana Mendes Godinho apelou ainda à denúncia à Segurança Social de todos os casos que as pessoas julguem precisar de fiscalização.

“Cá estamos para fiscalizar, para salvaguardar as situações das pessoas, que é isso que nos move”, acrescentou.

Durante a tarde de segunda-feira a Rádio Renascença revelou que dois inspetores da Segurança Social tinham estado nas instalações a averiguar as condições de assistência aos cerca de 60 utentes da instituição.

Uma reportagem da SIC denunciou no domingo à noite maus-tratos a idosos do lar Delicado Raminho, na Lourinhã, no distrito de Lisboa.

De acordo com uma ex-funcionária, em causa estão o uso das mesmas luvas para o manuseamento de vários utentes, a existência de feridas por tratar, alimentação pobre e feita com restos de dias anteriores e falta de água quente para banhos aos utentes.

Segundo a informação divulgada, o Delicado Raminho é um lar privado, tem licença de funcionamento e pode receber até 78 utentes, tendo neste momento cerca de 60. Cada um paga, em média, 1.500 euros por mês.

Últimas do País

O Tribunal da Relação do Porto (TRP) condenou a cinco anos e 10 meses de prisão efetiva um homem que tinha sido absolvido de abusar sexualmente de uma filha com quatro anos, em Aveiro.
Quase metade da população portuguesa já foi vítima de algum tipo de violência ao longo da vida, com particular incidência nas mulheres, as principais vítimas de violência sexual, na intimidade ou de assédio, segundo uma análise divulgada esta quinta-feira.
Os trabalhadores da administração pública cumprem na sexta-feira uma greve contra o pacote laboral apresentado pelo Governo, sendo a educação e a saúde os setores que deverão ser mais afetados, disse fonte da Federação de sindicatos independentes.
Um homem de 48 anos foi detido pela Polícia Judiciária (PJ) por suspeitas de burla qualificada em negócios de imóveis no distrito de Setúbal, com lucro ilícito de mais de três milhões de euros, segundo comunicado oficial de hoje.
Um foco de gripe aviária foi detetado numa exploração de galinhas reprodutoras no concelho de Torres Vedras, no distrito de Lisboa, anunciou hoje a Direção-Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV).
A GNR e a PSP registaram, nos primeiros nove meses deste ano, 25.327 ocorrências de violência doméstica, o valor mais elevado dos últimos sete anos, à data de 30 de setembro, segundo dados da CIG.
A Inspeção-Geral de Atividades em Saúde está a investigar o eventual conflito de interesses nos contratos celebrados entre a Unidade Local de Saúde de Braga e a empresa privada alegadamente pertencente ao seu ex-diretor de Oftalmologia, foi esta quarta-feira anunciado.
Duas pessoas foram hoje resgatadas da Cova do Ladrão, no parque florestal de Monsanto, em Lisboa, durante um simulacro de sismo que serviu para testar a capacidade de reação das forças de segurança, num exercício coordenado pelo exército.
Mais de 2.300 novos médicos começaram a escolher as vagas para a formação numa especialidade, mas o Sindicato Independente dos Médicos (SIM) teme que nem todos os lugares disponibilizados para o internato venham a ser ocupados.
Os incêndios florestais de 2024 e 2025 revelaram “falhas de coordenação” entre as diferentes forças no terreno que provocaram atrasos no tempo de resposta aos fogos, aumentando a sua propagação, revela um relatório da OCDE.