O Partido CHEGA marcou a agenda parlamentar desta semana, com o debate sobre a imigração e segurança.
O que se pretendia obter eram respostas da parte do Ministro da Administração Interna (MAI), José Luís Carneiro, não apenas em relação ao bárbaro assassinato executado na semana passada por um refugiado afegão, no centro Ismaelita em Lisboa, mas também sobre o processo de análise e acompanhamento dos cidadãos que pedem asilo como refugiados, assim como o controlo das nossas fronteiras.
As respostas do MAI face às questões colocadas por André Ventura, foram vagas, líricas, autênticas manobras de diversão, que desfocou o debate do seu essencial para vender a ideia de que segundo o RASI (Relatório Anual de Segurança Interna), Portugal é um dos países mais seguros do mundo e, quem o contradizer é incauto, mentiroso ou um perigoso extremista.
O facto é que o RASI apresenta os números que o Governo da República deseja. Aliás, este relatório já foi fortemente criticado por quem está todos os dias no terreno (as forças de segurança), que revelam dados assustadores, não só no tipo de criminalidade, como nos riscos reais para a segurança do país.
As autoridades numa tentativa de ‘ocultação’ afastaram logo o ato como terrorista, tratando-o como um surto psicótico. Na sua larga maioria, a imprensa estrangeira noticiou este episódio, classificando-o como um ato terrorista. Durante esta semana, investigações da imprensa nacional davam conta de que as próprias autoridades gregas investigavam a morte da esposa de Abdul Bashir, podendo este já estar ligado à mesma. Pela imprensa também se soube que os Talibans tinham contactado a família de Bashir, alvitrando-se a hipótese de este ter contactos com o Estado Islâmico.
A estas e outras perguntas, o ministro José Luís Carneiro simplesmente não respondeu, porque não tem respostas ou porque as mesmas são reflexo desta falta de controlo de quem pede asilo, estatuto de refugiado ou simplesmente vem para Portugal trabalhar.
Este tipo de práticas irresponsáveis, perpetradas pelo Governo da República, são uma enorme ameaça a Portugal, como a todo o espaço Schengen.
Portugal precisa de imigrantes, precisa de manter os mecanismos de solidariedade internacional, nomeadamente no asilo a refugiados, mas com peso e medida e, acima de tudo, mantendo um controlo apertado, com especial ênfase para refugiados provenientes de estados falhados, fustigados pela guerra e pelo fundamentalismo religioso.