Entre os vários desígnios do Partido Chega, alcançar a Prosperidade Económica terá que ser um dos focos fundamentais. Este desígnio só será possível, se os Portugueses como um todo, compreenderem o que está em causa e qual o caminho para lá chegar.
Qualquer Entidade Económica, uma Família, uma Empresa ou um Estado, tem Receitas e Despesas.
Imaginem uma Empresa que tem excelentes condições de trabalho, creche para as crianças dos funcionários, clínica para apoio aos funcionários, ordenados que permitem uma vida equilibrada, uma boa cantina, conforto, boas condições de higiene e segurança, etc. Imaginem que no final do mês as Despesas perfazem 300 000 euros e a Faturação é de 100 000 euros. O que vai suceder a esta Empresa?
Para ir aguentando a situação, o dono da empresa vende o ouro que tinha, vende empresas que tinha, algumas bastante lucrativas, consegue alguns financiamentos comunitários, vende terrenos e casas que tinha e recorre ao endividamento, ascendendo a dívida a 300 Mil Milhões de Euros. Como já advinharam esta Empresa chama-se Portugal e ao fim de décadas de Desgoverno está Falida e próxima do colapso total.
“Os Portugueses não trabalham.” Esta afirmação é falsa e injusta e será falsa igualmente, se fôr aplicada a muitos Países disfuncionais do terceiro mundo. A questão Fundamental é que Trabalhar e Produzir não são a mesma coisa. E Produzir e Vender também não são a mesma coisa.
Posso fazer o melhor queijo do mundo, ou produzir as melhores frutas do mundo, mas se não as vender, não me trarão rendimento.
Em países como a Alemanha, o 2º maior exportador mundial, as pessoas não trabalham mais horas que os Portugueses, simplesmente estão inseridos numa sociedade organizada, que transforma cada hora do seu trabalho, em muito maior receita para o seu país.
O que torna um País Rico? Um País em que as Receitas são pelo menos iguais às Despesas.
Países Ricos são os Países que VENDEM !
Exportam, Promovem a Entrada de Divisas, têm Receitas, Emprego e Bem-Estar.
Numa Economia Fechada, teríamos que viver com o que produzíamos e nessas circunstâncias teríamos uma perceção direta das nossas limitações e necessidade de melhorar.
Sempre que consumimos um produto importado, alguma empresa noutra parte do mundo, continua a laborar e prosperar e muitas vezes empresas nacionais nas mesmas áreas, são obrigadas a fechar. Os Portugueses terão que decidir se querem continuar a promover as economias estrangeiras ou a nossa e aceitar as consequências da sua opção! O que acontece a um País que Compra Tudo feito?
Imaginem a criação de postos de trabalho e o efeito reprodutivo na economia, se os portugueses comprassem por exemplo sapatos das marcas Sanjo ou Camport em vez de Nike, Adidas, Converse, Vans, etc? Saiam à rua e olhem para os pés dos nossos jovens e menos jovens!
Portugal não tem costa marítima? Porque razão importamos quase todo o peixe que consumimos? Por que razão nas bancas o peixe de aquacultura, vem de Espanha, Grécia ou Turquia?
Os Portugueses têm que definir o seguinte e concentrar esforços e recursos da Nação para atingir este objectivo: Quais são os Bens e Serviços que devemos produzir, que interessem aos outros países, a preços que interessem aos outros? Não há outro caminho.
Nota Final: O Chega tem que estar preparado para governar Portugal e transmitir essa capacidade aos eleitores. As análises e diagnósticos sobre a Economia Portuguesa, há muito que estão feitos, falta Passar à Prática.
Recomendo que vejam na Internet a sessão do V Congresso da Sedes – 50 anos a pensar Portugal, de 6 de novembro de 2021 – Porto – Palácio da Bolsa.
Peço que dediquem a vossa atenção, à curta intervenção no Congresso da Sedes, do Eng.º Luís Todo Bom, com início à 1h10m do vídeo, denominada “Se eu fosse Ministro da Economia do meu País”.
O foco da governação económica seria Dimensão-Inovação-Internacionalização, com vista à produção competitiva de bens de alto valor acrescentado.
As Bolsas de Investigação seriam dirigidas para a integração dos Doutorados nas Empresas.
Os Professores convidados das Universidades, teriam que vir do mundo Empresarial.
Utilizar o IAPMEI, o AICEP e um Banco de Fomento, como instrumentos fundamentais de preparação das Empresas para competirem no Mercado Global.
Acabar com a atitude doentia do Estado de desconfiança e boicote à actividade das Empresas, com posturas abertas e dinâmicas e de simplificação de processos.
O PRR é mais uma oportunidade perdida!