CHEGA quer ouvir coordenador da Comissão para a Reforma da Saúde Pública

©Folha Nacional

O CHEGA requereu a audição no parlamento do coordenador da Comissão para a Reforma da Saúde Pública, que se demitiu por discordar da nova lei-quadro das ordens profissionais e do novo estatuto da Ordem dos Médicos.

Num requerimento divulgado hoje, os deputados do CHEGA propõem que Mário Jorge Neves seja ouvido na comissão parlamentar de saúde, “com caráter de muita urgência, sobre a lei-quadro das ordens profissionais”, para “prestar esclarecimentos sobre as consequências na carreira médica e na qualidade do exercício da profissão”.

O Grupo Parlamentar do CHEGA considera igualmente que a Assembleia da República deve “obter esclarecimentos sobre os fundamentos que conduziram” à sua demissão, “nomeadamente se a nova lei poderá comprometer a qualidade do exercício da medicina e estabelecer condições de trabalho precárias para os médicos mais jovens”.

O partido refere ainda, no requerimento enviado à Lusa, que esta lei “está a suscitar dúvidas, sobretudo ao nível das ordens profissionais existentes”, dando como exemplo os médicos.

“Considerando a gravidade das alegações apresentadas e a importância de um diálogo aberto e transparente no que diz respeito às políticas de saúde, é de suma importância para manutenção da confiança dos utentes no sistema de saúde que exista uma comunicação franca e uma compreensão clara das implicações desta nova lei”, defende o deputado Pedro Frazão, que assina o requerimento endereçado ao presidente da comissão parlamentar de saúde.

O coordenador da Comissão para a Reforma da Saúde Pública demitiu-se por discordar da nova lei-quadro das ordens profissionais e do novo estatuto da Ordem dos Médicos, que classifica de “ofensiva liquidacionista” do Governo contra os médicos.

Numa carta enviada na terça-feira à noite à secretária de Estado da Promoção da Saúde, a que a Lusa teve acesso, Mário Jorge Neves explica os motivos da sua demissão, sublinhando o desacordo com a chamada nova lei das ordens e com a proposta de texto para os novos estatutos da Ordem dos Médicos, elaborada pelo Governo.

“Estas medidas governamentais constituem uma violenta e escandalosa tentativa de liquidação de elementares competências legais da Ordem dos Médicos e de ingerência política e governativa na autonomia e independência técnico-científica da profissão médica”, escreve o médico, especialista em saúde pública.

Na carta, Mário Jorge Neves diz que, na nova legislação, “as disposições da livre concorrência sobrepõem-se a tudo, esmagando as garantias da qualidade do exercício da profissão médica e os níveis de segurança dos atos próprios dos médicos”.

Últimas de Política Nacional

O candidato presidencial e líder do CHEGA, André Ventura, fez hoje um “apelo final” ao Presidente da República para que adie a reunião do Conselho de Estado para a semana seguinte à segunda volta das presidenciais.
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, prometeu hoje a proibição dos maquinistas conduzirem sob o efeito do álcool, estupefacientes ou substâncias psicotrópicas.
O candidato presidencial e líder do CHEGA considerou hoje a mensagem de Natal do primeiro-ministro "pouco feliz e pouco empática" por não falar da situação na saúde, desafiando os seus adversários para um debate sobre o tema.
O conselho diretivo de cada Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) vai passar a ter cinco vice-presidentes indicados pelo Conselho de Ministros, segundo um decreto-lei publicado.
O Presidente da República criticou hoje a demora do parlamento em eleger os conselheiros de Estado, frisando que já espera há seis meses, e disse ter convocado uma reunião do órgão consultivo porque a Ucrânia “é um tema fundamental”.
Candidato presidencial recorre da decisão que manda retirar cartazes com a frase “Os ciganos têm de cumprir a lei” e acusa os tribunais de impor uma ‘mordaça’ à liberdade de expressão em campanha eleitoral.
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, convocou o Conselho de Estado para 9 de janeiro para analisar a situação internacional e, em particular, na Ucrânia. A informação consta de uma nota divulgada esta terça-feira no site da Presidência da República.
Exigir que todos cumpram a lei passou a dar multa. O Tribunal Local Cível de Lisboa mandou retirar os cartazes de André Ventura e proibiu o candidato presidencial de repetir a mensagem, numa decisão que Ventura considera ser censura política.
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, vetou hoje os decretos da lei da nacionalidade, na sequência das inconstitucionalidades decretadas pelo Tribunal Constitucional, devolvendo-os à Assembleia da República.
O candidato presidencial Luís Marques Mendes divulgou hoje uma lista com os 22 clientes da sua empresa, na qual se encontram prestações de serviços em consultoria, comentários e participações em conferências, e que inclui a construtora de Famalicão Alberto Couto Alves.