CHEGA quer equiparação de incendiários a terroristas

O presidente do CHEGA agradeceu esta terça-feira aos operacionais em combate aos incêndios, afirmando que este não é tempo de "politiquice", mas ressalvou que o executivo falhou na prevenção e insistiu na equiparação de incendiários a terroristas.

© Folha Nacional

Em declarações aos jornalistas à margem de uma visita ao Parque Eduardo VII, em Lisboa, para falar com os moradores da zona, o presidente do CHEGA, André Ventura, defendeu que “no momento em que o Governo está a combater o fogo, não há partidos de direita nem de esquerda, há um país” que deve provocar uma mobilização “para o sucesso do Governo nesta matéria”.

“Aqui não há partidarismo, aqui não há politiquice. É importante que estes fogos sejam combatidos rapidamente e eu acho que o papel dos partidos, neste momento, é desejarem boa sorte ao Governo e estarem disponíveis parlamentarmente para tudo o que o Governo precisar”, acrescentou.

Apesar disso, salientou que é “evidente que há responsabilidades a assacar” e lembrou o executivo que “é no pior dia de chuvas que temos que estar a preparar a prevenção dos incêndios”, apontando que isso “não foi feito”.

“Já ardeu mais em dois dias do que no ano inteiro, e é bom que o Governo ganhe esta perceção, que nós procurámos transmitir ao Governo durante o ano inteiro, os incêndios não têm hora de combate”, acrescentou.

André Ventura defendeu ainda a importância de “evitar que [os incendiários] no verão estejam cá fora”, em vez da prisão ou hospitais, lembrando que “todos os anos” são noticiadas “penas suspensas para o incendiário A, B ou C” e que “assim não há como controlar” a propagação de incêndios.

O presidente do CHEGA relembrou também a proposta do seu partido, já apresentada em julho de 2022, de equiparar estes criminosos a terroristas.

“É muito simples, é tratar os incendiários como terroristas, e a partir daí podemos dar-lhes o tratamento penal que damos aos terroristas. Ora, se ninguém quer que terroristas andem à solta, eu também não percebo porque é que deixamos os incendiários andar à solta”, lamentou.

André Ventura explicou ainda que está a ser avaliado pelo CHEGA a possibilidade de avançar com um debate de urgência no parlamento com um membro do Governo para avaliar o que “correu mal”, mas acrescentou que “hoje não é o dia de criar ao Governo nenhuma barreira política”.

Pelo menos sete pessoas morreram e 40 ficaram feridas, duas com gravidade, nos incêndios que atingem desde domingo a região norte e centro do país, como Oliveira de Azeméis, Albergaria-a-Velha e Sever do Vouga, distrito de Aveiro, destruíram dezenas de casas e obrigaram a cortar estradas e autoestradas, como a A1, A25 e A13.

Últimas de Política Nacional

O líder do CHEGA acusou hoje o Governo de incompetência na gestão da saúde e considerou que os utentes não podem ser sujeitos a esperar 18 horas numa urgência, e o primeiro-ministro reconheceu constrangimentos e antecipou que poderão repetir-se.
A Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo (CIMMT) decidiu abrir os cofres e fechar a transparência.
André Ventura reafirmou que pretende usar a Presidência da República como ponto de partida para uma mudança profunda no país.
As escutas da Operação Influencer abalaram o PS, expondo alegadas pressões, favores e redes internas de ‘cunhas’ que colocam Carneiro no centro da polémica e voltam a arrastar Costa para a controvérsia.
O Governo carrega no ISP e trava a fundo na queda que estava prevista no preço dos combustíveis. A promessa estala, a confiança vacila e Montenegro enfrenta a primeira fissura séria na sua credibilidade fiscal.
Catarina Martins voltou a dirigir insultos contundentes a André Ventura, acusando-o de ser “um bully político” que se comporta “como se estivesse no recreio da escola”.
Luís Marques Mendes está no centro de uma nova polémica depois de, no debate presidencial, ter afirmado que o CHEGA “passa a vida a ter propostas inconstitucionais, como a pena de morte”, uma falsidade evidente.
A estrutura concelhia do CHEGA em Vila Nova de Famalicão refere que o vereador do partido vai levar à reunião de Câmara uma proposta para tornar gratuito o estacionamento público no centro da cidade entre 13 de dezembro e 6 de janeiro.
O Sindicato Nacional da Polícia (Sinapol) pediu hoje a demissão da ministra da Administração Interna, considerando que Maria Lúcia Amaral é "incapaz de assegurar a estabilidade" das polícias, e alertou para "protestos massivos" como os de 2024.
Uma petição que exige o fim da atribuição de dinheiros públicos para a construção de mesquitas tornou-se viral e já reúne milhares de assinaturas, dias depois da proposta do CHEGA com o mesmo objetivo ter sido chumbada no Parlamento.