Irão considera que expansão da guerra entre Israel e Hamas é inevitável

O Irão, aliado do Hamas, considerou hoje inevitável uma expansão da guerra entre Israel e o grupo islamita palestiniano na Faixa de Gaza, num contexto de receio de uma escalada regional do conflito.

© D.R.

O Irão, aliado do Hamas, considerou esta sexta-feira inevitável uma expansão da guerra entre Israel e o grupo islamita palestiniano na Faixa de Gaza, num contexto de receio de uma escalada regional do conflito.

“Devido à intensidade crescente da guerra contra os habitantes civis de Gaza, a expansão do âmbito da guerra tornou-se inevitável“, afirmou o ministro dos Negócios Estrangeiros iraniano, Hossein Amir-Abdollahian.

A afirmação foi feita durante uma chamada telefónica do ministro iraniano para o homólogo do Qatar, Mohammed ben Abdelrahmane Al-Thani, de acordo com agência francesa AFP, que cita o ‘site’ do ministério.

Mais de 1.400 pessoas, maioritariamente civis, foram mortas em Israel desde o início da guerra desencadeada por um ataque violento sem precedentes do Hamas em solo israelita em, 07 de outubro, segundo as autoridades israelitas.

Na Faixa de Gaza, as represálias de Israel, que afirma querer aniquilar o Hamas, causaram mais de 10.800 mortos, sobretudo civis, segundo o Hamas.

O Irão, um aliado próximo do Hamas e inimigo declarado de Israel, saudou o ataque de 07 de outubro como um êxito, mas negou qualquer envolvimento na sua preparação ou execução.

O Presidente iraniano, Ebrahim Raissi, afirmou que a República Islâmica tinha o “dever de apoiar os grupos de resistência”, referindo-se aos grupos armados que lutam contra Israel, mas insistiu que estes grupos agiam de forma independente.

O Irão não reconhece Israel e tem feito do apoio à causa palestiniana o principal eixo da sua política externa desde a Revolução Islâmica de 1979.

Para além dos palestinianos do Hamas e da Jihad Islâmica, Teerão apoia o Hezbollah libanês que, em associação com outros grupos, tem lançado diariamente foguetes através da fronteira para o norte de Israel desde 07 de outubro.

No Iraque e na Síria, aliados do Irão, os foguetes e os ataques de ‘drones’ (aeronaves sem tripulação) têm como alvo bases militares pertencentes à coligação antijihadista liderada pelos Estados Unidos.

Washington acusa Teerão de estar envolvido nestes ataques por procuração.

No Iémen, os rebeldes houthi, apoiados pelo Irão, anunciaram ter disparado vários mísseis contra o território israelita.

Os Estados Unidos, aliados históricos de Israel, colocaram dois porta-aviões e os respetivos navios de escolta no Mediterrâneo oriental para proteger Israel e “dissuadir qualquer esforço de expansão” da guerra em Gaza.

Últimas do Mundo

A polícia australiana considerou um “ato terrorista” contra a comunidade judaica o ataque com tiros na praia de Bondi, Sydney, que causou pelo menos 12 mortos.
Pelo menos duas pessoas morreram e oito ficaram feridas com gravidade num tiroteio ocorrido no campus da Universidade Brown, nos Estados Unidos, informou o presidente da câmara de Providence.
Mais de 40% do território espanhol está num processo de degradação devido à atividade humana que pode conduzir a desertificação, segundo o primeiro "Atlas da Desertificação em Espanha", elaborado por cientistas de diversas universidades e publicado recentemente.
O número de vítimas das inundações e deslizamentos de terra que atingiram a Indonésia subiu para 1.003 mortos e 218 desaparecidos, anunciou hoje a Agência Nacional de Gestão de Catástrofes.
Perante o colapso do sistema de asilo, o Governo britânico avançou com um método relâmpago: milhares de pedidos estão a ser aprovados sem entrevistas, apenas com base num questionário escrito. A oposição acusa Londres de “escancarar as portas” à imigração.
A cidade alemã de Salzgitter vai obrigar requerentes de asilo aptos para trabalhar a aceitar tarefas comunitárias, sob pena de cortes nas prestações sociais.
O homem que enganou Espanha, desviou dinheiro público e fugiu à Justiça acabou capturado em Olhão. Natalio Grueso, condenado por um esquema milionário de peculato e falsificação, vivia discretamente no Algarve desde que desapareceu em 2023.
O voo MH370 desapareceu a 8 de março de 2014 quando voava de Kuala Lumpur para Pequim com 239 pessoas a bordo, incluindo 227 passageiros - a maioria dos quais chineses - e 12 membros da tripulação.
A Comissão Europeia abriu hoje uma investigação à gigante tecnológica Google por suspeitar de violação da lei da União Europeia (UE), que proíbe abuso de posição dominante, ao impor "condições injustas" nos conteúdos de inteligência artificial (IA).
A tecnológica Meta anunciou a aquisição da empresa norte-americana Limitless, criadora de um pendente conectado, capaz de gravar e resumir conversas com recurso à inteligência artificial (IA).