Lisboa é palco do maior evento de engenharia de ‘software’ e conta já com 1.700 inscritos

A conferência internacional engenharia de 'software' (ICSE2024), o evento mais importante nesta área, decorre em Lisboa em abril e conta até agora com 1.700 escritos, acima da edição anterior, disse à Lusa o responsável pela organização.

© D.R.

A cerca de três semanas do evento, “temos 1.700 inscritos”, o que “ultrapassa o número de participantes” registados (1.400) no ano passado na edição de Sidney, Austrália, adiantou Rui Maranhão, ‘general chair’ da 46.ª edição da International Conference on Software Engineering (ICSE2024) e professor catedrático da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto.

“Acho que está tudo bem encaminhado para ser um evento interessante e que vai ficar na memória”, sublinhou o responsável, recordando que este evento, o mais importante na área da engenharia de ‘software’, é rotativo, sempre em países diferentes.

“Há sensivelmente quatro anos houve esta ideia de trazer o evento para Portugal” e o que “decidi fazer com mais colegas da Faculdade de Engenharia foi alimentar esse sonho e quando vimos que havia candidaturas, avançámos”, relatou Rui Maranhão.

O evento conta com dois patronos – IEEE (Institute of Electrical and Electronics Engineers) e ACM (Association for Computing Machinery), os quais delegam num comité tudo o que é relacionado com a conferência.

A candidatura portuguesa foi aceite e o Centro Cultural de Belém (CCB) vai ser palco, entre 14 e 20 de abril, da 46.ª edição deste evento onde são esperadas milhares de pessoas de todo o mundo.

Trata-se de um “evento de largo espectro, que fala de todos os temas da engenharia de ‘software'”, onde a inteligência artificial (IA) também será abordada.

“Vai-se discutir temas em que se aproxima o desenvolvimento de ‘software’ com a ajuda de agentes dotados de inteligência artificial”, além de outros tópicos como “a sustentabilidade do ‘software'” ou “as preocupações com gastos energéticos do ‘software’, bem como o ‘trustworhty software’, ou seja, que tem a qualidade necessária para deixar que controle aspetos da vida humana que são bastante críticos como a banca ou os veículos autónomos (‘self-driving cars’), prosseguiu.

Últimas de Economia

Os Estados Unidos suspenderam as negociações de um acordo comercial com a Tailândia devido às tensões na fronteira com o Camboja, após Banguecoque suspender um entendimento de paz assinado em outubro com a mediação do Presidente norte-americano.
A despesa do Serviço Nacional de Saúde (SNS) com medicamentos nos hospitais subiu quase 15%, entre janeiro e setembro, de acordo com dados hoje publicados pelo Infarmed.
O Instituto Nacional de Estatística (INE) confirmou hoje que a taxa de inflação homóloga foi de 2,3% em outubro, menos 0,1 pontos percentuais do que a verificada em setembro.
O número de passageiros movimentados nos aeroportos nacionais aumentou 4,8% até setembro, face ao mesmo período de 2024, para 57,028 milhões, segundo dados divulgados hoje pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).
O índice de volume de negócios nos serviços subiu 2,6% em setembro face ao mesmo mês de 2024, mas desacelerou 0,2 pontos percentuais relativamente a agosto, divulgou hoje o Instituto Nacional de Estatística (INE).
O preço da carne de novilho não para de subir e já pesa no bolso dos portugueses. Em apenas dois anos, o quilo ficou 5 a 6 euros mais caro, um aumento de quase 100%, impulsionado pela guerra na Ucrânia e pela alta dos cereais que alimentam o gado.
As três maiores empresas do setor energético exigem a devolução de milhões de euros pagos ao Estado através da Contribuição Extraordinária sobre o Setor Energético (CESE), um imposto criado para financiar a redução da dívida tarifária e apoiar políticas ambientais, mas que, segundo o tribunal, foi aplicado de forma ilegal no setor do gás natural.
As exportações de bens aumentaram 14,3% e as importações subiram 9,4% em setembro, em termos homólogos, acumulando um crescimento de 1,9% e 6,5% desde o início do ano, divulgou hoje o INE.
O valor médio para arrendar um quarto em Lisboa ou no Porto ultrapassa metade do salário mínimo nacional. Perante a escalada dos preços e orçamentos familiares cada vez mais apertados, multiplicam-se as soluções alternativas de pousadas a conventos, para quem procura um teto a preços mais acessíveis.
O Fundo Monetário Internacional (FMI) defende que Portugal deve optar por reduzir as isenções fiscais e melhorar a eficiência da despesa pública para manter o equilíbrio orçamental em 2026, devido ao impacto das descidas do IRS e IRC.