“Aquilo que valorizo é a confiança do senhor primeiro-ministro”

© Folha Nacional

O ministro das Infraestruturas, João Galamba, assegurou esta noite que aquilo que valoriza e lhe “dá ou tira noites de sono” é a “confiança do primeiro-ministro” e o trabalho que executa e “mais nada”.

Na audição, na comissão parlamentar de inquérito à TAP, de mais de sete horas, que decorreu esta noite, João Galamba foi questionado pelo deputado do PSD Paulo Moniz se, depois da declaração de 04 de maio ao país de Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, não sentia vergonha de continuar em funções.

“Pergunta se eu acordo com vergonha. Não, senhor deputado, acordo todos os dias com o sentimento de dever e obrigação de cumprir o meu trabalho que cumpro com orgulho, sentido de dever e – espero eu – com competência. É assim que eu acordo todos os dias, faço o meu trabalho”, começou por responder.

Segundo o ministro das Infraestruturas, aquilo que ele próprio valoriza “é a confiança do senhor primeiro-ministro”, António Costa, e a capacidade de executar o trabalho, bem como o trabalho que executa.

“É só isso e mais nada que valorizo e que me dá ou tira noites de sono. Mais nada. Acredite, senhor deputado. Mais nada”, sublinhou.

Paulo Moniz tinha confrontado o ministro com as declarações de Marcelo Rebelo de Sousa, em 04 de maio, quando qualificou a sua discordância em relação à decisão do primeiro-ministro de manter João Galamba como ministro das Infraestruturas como uma “divergência de fundo” e considerou que essa decisão de António Costa tem efeitos “na credibilidade, na confiabilidade, na autoridade do ministro, do Governo e do Estado”.

O deputado do PSD citou ainda as declarações do chefe de Estado de quinta-feira, quando reiterou a mensagem de que o poder implica responsabilidade e afirmou que “é uma ilusão achar que se pode ser importante sem pagar um preço”.

Últimas de Economia

O indicador de confiança dos consumidores diminuiu em novembro, após dois meses de subidas, enquanto o indicador de clima económico aumentou, divulgou hoje o Instituto Nacional de Estatística (INE).
Os gastos do Estado com pensões atingem atualmente 13% do PIB em Portugal, a par de países como a Áustria (14,8%), França (13,8%) e Finlândia (13,7%), indica um relatório da OCDE hoje divulgado.
Os prejuízos das empresas não financeiras do setor empresarial do Estado agravaram-se em 546 milhões de euros em 2024, atingindo 1.312 milhões de euros, com a maioria a apresentar resultados negativos, segundo um relatório do Conselho das Finanças Públicas (CFP).
Os preços dos hotéis na região de Lisboa aumentaram 26,7% na Web Summit, face à semana anterior, para uma média de 151 euros, segundo um estudo da NOVA Information Management School, com dados da Host Intelligence, divulgado hoje.
A Comissão Europeia desembolsou hoje 1,06 mil milhões de euros em subvenções a Portugal, na sequência do seu sétimo pedido de pagamento ao abrigo do Mecanismo de Recuperação e Resiliência.
Os concursos de empreitadas de obras públicas promovidos até outubro aumentaram 56% em número e 31% em valor, em termos homólogos, respetivamente para 6.620 e 9.164 milhões de euros, anunciou hoje a associação setorial AICCOPN.
A Comissão Europeia alertou hoje para “novos desafios” relacionados com a crise habitacional que aumentam os riscos de pobreza e de desigualdade social em Portugal, dado haver mais pessoas com encargos excessivos de habitação.
A Comissão Europeia alertou hoje que Portugal "corre o risco de exceder significativamente" o teto máximo para despesas líquidas definido ao abrigo do plano de médio prazo, embora falando numa situação orçamental "próxima do equilíbrio" em 2026.
Portugal exportou até setembro 53,3 milhões de pares de sapatos no valor de 1.321,7 milhões de euros, mais 3,8% em quantidade e 2,1% em valor face ao período homólogo, anunciou hoje a associação setorial.
O valor mediano de avaliação bancária na habitação foi 2.025 euros por metro quadrado em outubro, mais 17,7% do que no mesmo mês de 2024, disse hoje o Instituto Nacional de Estatística (INE).