“Aquilo que valorizo é a confiança do senhor primeiro-ministro”

© Folha Nacional

O ministro das Infraestruturas, João Galamba, assegurou esta noite que aquilo que valoriza e lhe “dá ou tira noites de sono” é a “confiança do primeiro-ministro” e o trabalho que executa e “mais nada”.

Na audição, na comissão parlamentar de inquérito à TAP, de mais de sete horas, que decorreu esta noite, João Galamba foi questionado pelo deputado do PSD Paulo Moniz se, depois da declaração de 04 de maio ao país de Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, não sentia vergonha de continuar em funções.

“Pergunta se eu acordo com vergonha. Não, senhor deputado, acordo todos os dias com o sentimento de dever e obrigação de cumprir o meu trabalho que cumpro com orgulho, sentido de dever e – espero eu – com competência. É assim que eu acordo todos os dias, faço o meu trabalho”, começou por responder.

Segundo o ministro das Infraestruturas, aquilo que ele próprio valoriza “é a confiança do senhor primeiro-ministro”, António Costa, e a capacidade de executar o trabalho, bem como o trabalho que executa.

“É só isso e mais nada que valorizo e que me dá ou tira noites de sono. Mais nada. Acredite, senhor deputado. Mais nada”, sublinhou.

Paulo Moniz tinha confrontado o ministro com as declarações de Marcelo Rebelo de Sousa, em 04 de maio, quando qualificou a sua discordância em relação à decisão do primeiro-ministro de manter João Galamba como ministro das Infraestruturas como uma “divergência de fundo” e considerou que essa decisão de António Costa tem efeitos “na credibilidade, na confiabilidade, na autoridade do ministro, do Governo e do Estado”.

O deputado do PSD citou ainda as declarações do chefe de Estado de quinta-feira, quando reiterou a mensagem de que o poder implica responsabilidade e afirmou que “é uma ilusão achar que se pode ser importante sem pagar um preço”.

Últimas de Economia

O Sindicato das Indústrias Metalúrgicas e Afins (SIMA) exigiu "respostas concretas" sobre o papel da TAP enquanto acionista da antiga SPdH, agora Menzies Aviation, acerca da possível perda das licenças de 'handling', numa reunião no Ministério das Infraestruturas.
A bolsa de Lisboa encerrou hoje em baixa, com o índice PSI a cair 0,21% para 8.352,01 pontos, em contraciclo com o resto da Europa.
O lucro da NOS recuou 9,2% nos primeiros nove meses do ano, face a igual período de 2024, para 182 milhões de euros, devido à ausência de resultados extraordinários no ano passado, divulgou hoje a empresa.
O ‘stock’ de empréstimos para habitação acelerou em setembro pelo 21º mês consecutivo, com um aumento homólogo de 8,9%, totalizando 108,1 mil milhões de euros, disse hoje o Banco de Portugal (BdP).
As empresas da zona euro observaram uma ligeira subida das taxas de juro dos empréstimos bancários no terceiro trimestre, sobretudo as PME, foi hoje anunciado.
A taxa de desemprego em Espanha aumentou ligeiramente no terceiro trimestre, atingindo os 10,45% da força de trabalho, face aos 10,29% do final de junho, segundo os dados oficiais divulgados hoje.
A confiança dos consumidores aumentou, em outubro, pelo segundo mês consecutivo na União Europeia (UE), para -13,5 pontos, e na zona euro para -14,2 pontos, divulgou hoje a Comissão Europeia.
Portugal desceu uma posição no ranking europeu de poder de compra, ocupando agora o 22.º lugar entre 42 países, apesar de o rendimento disponível dos portugueses ter aumentado 15,7% face ao ano anterior, segundo o Correio da Manhã.
A Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) aplicou, em decisões proferidas no terceiro trimestre deste ano, cinco coimas no montante total de 91.250 euros, adiantou o regulador, numa nota no seu 'site'.
O endividamento do setor não financeiro, que reúne administrações públicas, empresas e particulares, aumentou cerca de 3.200 milhões de euros em agosto face a julho, para 857.000 milhões de euros, anunciou hoje o Banco de Portugal (BdP).