O relatório preliminar da comissão de inquérito à TAP concluiu não existir ligação entre a saída de Alexandra Reis e a sua nomeação para presidente da NAV, nem pressão ou intervenção política por parte das tutelas.
“Não existem evidências de qualquer conexão entre a saída da TAP e o convite e respetiva nomeação para a NAV”, lê-se no relatório preliminar da comissão de inquérito à TAP, elaborado pela socialista Ana Paula Bernardo, entregue à comissão esta noite, na reta final do prazo, e a que a Lusa teve acesso.
Segundo a relatora, “todas as declarações sobre esta matéria, como as [do ex-secretário de Estado das Infraestruturas] Hugo Mendes, [a ex-presidente executiva da TAP] Christine Ourmières-Widener e a própria Alexandra Reis, apontam para o desconhecimento de tal possibilidade, aquando do processo de renúncia na TAP”.
“O perfil, as sólidas competências e o conhecimento profundo do setor por parte de Alexandra Reis foram os motivos apontados pelos então governantes para esta escolha”, refere o documento, relativamente à saída de Alexandra Reis da administração da TAP e nomeação para presidente da NAV Portugal – Navegação Aérea pouco tempo depois.
O relatório aponta ainda que “não existiu qualquer pressão ou intervenção política por parte das tutelas da NAV, tendo Alexandra Reis rejeitado que tenha existido interferência do Governo na gestão corrente da empresa, durante os cincos meses no exercício de funções”.